01.07.2021
Avaliação 
Avalie
 
Sem votos
Avaliar
Suas memórias, Maria, mural de Bea Corradi, na Rua Caminho do Engenho, zona oeste de São Paulo. Obra do Museu de Arte de Rua em 2021 (Foto: divulgação Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo)

O que fazer em São Paulo em julho de 2021

 minutos de leitura
calendar-blank-line
01.07.2021
Seria São Paulo o maior museu a céu aberto do mundo? Saiba mais sobre a arte de rua que vem tomando conta da cidade e outros passeios para fazer nessa capital cultural.
minutos de leitura

1 | Museu de Arte de Rua

“Murais gigantes transformaram São Paulo em uma galeria ao ar livre”, destacou o New York Times recentemente. Os paulistanos já haviam notado, e os visitantes também, sempre em busca de um bom cenário para fotos. A arte de rua sempre fez parte da cultura da maior cidade do Brasil, inclusive sofrendo repressões de gestões públicas anteriores. Felizmente, nos últimos anos, tem coberto cada vez mais espaços, entre empenas, muros e edifícios culturais, com apoio da população e da prefeitura. A Secretaria Municipal de Cultura está realizando o projeto Museu de Arte de Rua, comissionando cerca de 100 obras novas em todas as regiões da cidade. Além de trazer arte para o dia a dia, podem ser apreciadas com mais calma em uma visita especial – pontos extras por serem ao ar livre, tornando-se um passeio seguro no panorama da pandemia.

arte de rua
O verdadeiro campeão é o povo, empena de André Mogle na Rua da Consolação. Obra do Museu de Arte de Rua em 2021 (Foto: divulgação Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo)

Serviço

Dica: Apesar da arte de rua estar espalhada por toda São Paulo, há uma concentração na região do Minhocão. A via elevada é fechada para carros aos finais de semana, se transformando em um parque urbano. É um ótimo passeio para admirar empenas pintadas por Felipe Morozini, Apolo Torres, Mundano, Speto, Rui Mendes, Binho Ribeiro e Os Tupys para o Museu de Arte de Rua. É possível consultar todas as obras do Museu de Arte de Rua, em um tour virtual 360, em: mar360.art.br.

2 | Santa Cecília e Vila Buarque

Falando em Minhocão, já faz alguns anos que Santa Cecília é um bairro da moda em São Paulo, com bares, cafeterias, restaurantes e lojas descolados. Seus habitantes até ganharam o apelido de santa ceciliers: jovens artistas, pais de pets e plantas, em apartamentos com piso de taco, os hipsters. No último ano, em especial, pipocaram novidades no bairro, se estendendo até a Vila Buarque e tornando a região ainda mais culturalmente vibrante. Abriram recentemente, as livrarias Gato Sem Rabo e Megafauna e a pizzaria Divina Increnca. E já se tornaram clássicos a cafeteria Takko, o bar Moela e a livraria Sala Tatuí. Vale a pena conhecer essa parte do centro de São Paulo.

Livraria Megafauna, no Copan, aberta no fim do ano passado (Foto: divulgação Megafauna)

Serviço

Dica: Para poder passear com mais tranquilidade, vá a Santa Cecília de dia, para um almoço seguido de café e andanças. À noite, não é tão seguro circular a pé pelo centro, como o bairro pede.

3 | Jean Gillon e Bernardo Figueiredo no Museu da Casa Brasileira

Dois importantes designers do modernismo brasileiro ganham mostras no MCB - Museu da Casa Brasileira nesse segundo semestre. Jean Gillon (1919-2007) foi um judeu romeno, que, fugindo de perseguições, migrou para o Brasil. Aqui, produziu móveis modernos, com referências à nossa cultura, inclusive a icônica poltrona Jangada, com almofadas suspensas por rede. O mobiliário de Gillon está exposto diretamente no chão do MCB, simulando o ambiente de uma casa. Em paralelo, em julho, o museu abre mostra retrospectiva de Bernardo Figueiredo (1934-2012). A famosa poltrona Carioca será desmontada, evidenciando as partes que a compõem. Uma sala será dedicada ao Palácio do Itamaraty, de Brasília, para onde Figueiredo desenhou a cadeira dos Arcos e a poltrona Rio. Ambas as exposições são excelentes oportunidades para conhecer mais dos designers modernos brasileiros, extremamente valorizados internacionalmente.

Móveis de Jean Gillon (Foto: divulgação Museu da Casa Brasileira)

Serviço

Localização: Avenida Faria Lima, 2705, Jardim Paulistano
Entrada: R$ 15. Terça gratuita
Horários: terça a domingo, das 10h às 18h
Ingressos e agendamentos apenas pelo site. Acesse aqui.

Jean Gillon: Artista-Designer
Período: até 12 de dezembro

Bernardo Figueiredo: Designer e Arquiteto Brasileiro
Período: 17 de julho a 12 de dezembro

Dica: Sobre os dois designers, também estão sendo lançados livros da Editora Olhares, com os mesmos títulos da exposição. Imperdíveis para colecionadores e estudiosos do design moderno brasileiro.

4 | Maxwell Alexandre no Instituto Tomie Ohtake

A exposição Pardo é Papel, de Maxwell Alexandre, chega a São Paulo após sucessos no MAR – Museu de Arte do Rio, na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, e no Museu de Arte de Lyon, na França. As obras surgiram quando o artista carioca fez autorretratos em folhas de papel pardo perdidas em seu ateliê. Em seguida, percebeu o ato político de pintar figuras negras sobre o papel pardo, uma vez que o termo pardo é usado para velar a negritude. “Dizer a um negro que ele é moreno ou pardo pode ser um grande problema, afinal, Pardo é Papel”, ressalta o artista.

Maxwell Alexandre, Um cigarro e a vida pela janela (diss), da série Pardo é Papel, 2019 (Foto: Coleção do artista / divulgação Instituto Tomie Ohtake)

Serviço

Período: até 25 de julho
Horários: terça a domingo, das 12h às 17h
Localização: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 201, Pinheiros 
Entrada: gratuita

Dica: Aproveite para visitar as outras exposições em cartaz no Instituto Tomie Ohtake: Tomie Ohtake – Os Sons dos Sins, até 23 de janeiro; Di Cavalcanti, Muralista, até 17 de outubro; e Iberê Camargo – O Fio de Ariadne, até 18 de julho.

5 | Moda no Farol Santander

A exposição A Arte da Moda – Histórias Criativas traz um panorama da influência parisiense na moda brasileira e da busca por uma identidade estética dentro de nossa cultural. São apresentados ícones da alta-costura nacional e internacional e peças de artesãos e designers brasileiros criadas exclusivamente para a exposição. Destaque para o Vestido vermelho da Christian Dior Couture, da Coleção Alta-costura primavera-verão 2012. Uma visita inspiradora para amantes da moda-arte.

Foto comemorativa dos 50 anos da Rhodia no Brasil, 1969. A coleção de moda da Rhodia, criada com fios e fibras sintéticas da empresa, foi doada ao Masp em 1972 (Foto: divulgação Farol Santander)

Período: até 25 de julho
Horários: terça a domingo, das 9h às 20h
Localização: Rua João Brícola, 24, Centro 

Entrada: R$ 25Dica: Se tiver crianças na família, aproveite para visitar também O Jardim das Maravilhas de Miró, até 15 de agosto. Como os espaços expositivos ocupam os andares mais altos do prédio, aproveite para subir também ao mirante do 26º para uma das melhores vistas da cidade de São Paulo.

Compartilhe
Avaliação 
Avalie
 
Sem votos
VOLTAR
ESC PARA FECHAR
Minha avaliação desse conteúdo é
0 de 5
 

O que fazer em São Paulo em julho de 2021...

O que fazer em São Paulo em julho de 2021

  Sem votos
minutos de leitura
Em análise Seu comentário passará por moderação.
Você avaliou essa matéria com 1 estrela
Você avaliou essa matéria com 2 estrelas
Você avaliou essa matéria com 3 estrelas
Você avaliou essa matéria com 4 estrelas
Você avaliou essa matéria com 5 estrelas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *



Não perca nenhuma novidade!

Assine nossa newsletter para ficar por dentro das novidades de arquitetura e design no Brasil e no mundo.

    O Archtrends Portobello é a mais importante fonte de referências e tendências em arquitetura e design com foco em revestimentos.

    ® 2024- Archtrends Portobello

    Conheça a Política de Privacidade

    Entenda os Termos de Uso

    Veja as Preferências de Cookies