A capital Berlim desempenha um papel muito importante na história moderna — inclusive, da arquitetura. A cidade foi o centro do nazismo, comandado por Adolf Hitler e que durou pouco mais de uma década. Grande motivo da 2ª Guerra Mundial, o regime tinha características próprias e causou diversas influências.
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Do ponto de vista das construções e do urbanismo, várias mudanças aconteceram nesse período. O resgate de uma ideia clássica ganhou destaque, assim como o uso de certas qualidades como forma de demonstrar força e poder.
Quem visita a Alemanha hoje pode explorar muitos resquícios dessa fase. Principalmente, tem a chance de identificar os impactos que esse momento tão complexo gerou na cultura, nos prédios e nos pontos turísticos.
Quer conhecer Berlim por uma nova perspectiva? Então, veja como visitar a Berlim da 2ª Guerra Mundial com a ajuda da arquitetura!
Como o nazismo influenciou a arquitetura da cidade
O nazismo alemão atuou de 1933 a 1945 na Alemanha, até que fosse derrotado. A década de poder, entretanto, já foi suficiente para gerar diversos impactos — inclusive, na arquitetura de Berlim.
O modernismo incentivado pela tradicional Escola Bauhaus foi logo substituído por características específicas de um comando totalitário e segregacionista. Ideologia, função e estética começaram a se misturar e, então, uma arquitetura aflorou na capital alemã.
Para entender melhor o impacto desse regime, veja quais foram os pontos marcantes do nazismo que mudaram a disposição da cidade e de seus prédios.
Atuação de Albert Speer
Ao falar em arquitetura, nazismo e Berlim, é impossível não citar Albert Speer. Ele foi o principal arquiteto e urbanista do nazismo, o que o torna o maior responsável pelas características da capital no período.
Sua atuação mais marcante foi durante o ápice do regime e teve o papel de criar a estética nazista. O uso de toneladas de concreto é uma de suas qualidades, assim como o privilégio dado às grandes dimensões.
Contudo, boa parte dos seus projetos não saiu do papel. O redesenho de Berlim, por exemplo, contava com a criação de um prédio para 180 mil pessoas e nunca chegou a se concretizar.
Inspiração em outros países
A arquitetura de outros países europeus, como Áustria e Bélgica, tiveram grande influência nas obras que dominaram Berlim e o restante da Alemanha nazista. Obras de Viena traziam elementos neoclássicos no começo do século XX. Com o interesse de Adolf Hitler por esses componentes, eles passaram a ser incorporados às obras do Reich Alemão.
Essas escolhas estão relacionadas à sensação de povo ariano. Como Hitler invadiu diversos territórios e pretendia ampliar a sua atuação, era natural ter a ideia de utilizar aquilo que considerava “ariano o bastante”. Como as inspirações de muitas dessas obras eram “puras”, a visão para certos prédios e características foi amplificada.
Interesse pela cultura romana
Embora o Império Romano e as formações germânicas fossem, originalmente, inimigas, o regime nazista também se inspirou nessa parte da história. Tanto pela abordagem clássica quanto pela sensação de pureza que tinham do Império Romano, os elementos arquitetônicos começaram a ser incorporados em Berlim.
Isso tem a ver com o resgate e a valorização da identidade alemã. As bases do urbanismo alemão foram fortemente influenciadas pela atuação dos romanos. Utilizar esses elementos, portanto, significa resgatar e fortalecer o nacionalismo alemão, um dos motes nazistas.
Favorecimento do neoclássico
Justamente por conta dessa ideia de ter uma Alemanha pura, o neoclássico ganhou força nas obras construídas ao longo do regime. Embora ele tenha sido relativamente adaptado, suas principais características começaram a florescer em Berlim.
A proposta seria resgatar a abordagem tradicional da arquitetura alemã, sem deixar de lado a inspiração na tecnologia. Hitler, especialmente, era um entusiasta de certa modernização, então é por isso que o neoclássico não foi utilizado de forma literal.
Mesmo assim, foram adotados diversos componentes típicos dos séculos 18 e 19, quando o estilo imperou pela Europa. A presença de colunas e o privilégio dado à simetria eram dois entre os pilares escolhidos na arquitetura de Berlim.
Influência de Hitler
Nem todo mundo sabe, mas Hitler tinha um grande interesse por arquitetura. Ele chegou a cogitar estudar o tema, mas não era possível por não ter concluído o ensino escolar, então, durante o regime nazista, ele explorou esse gosto em diversos projetos.
Além de ter realizado alguns esboços, fez mudanças pontuais em propostas que não eram de prédios públicos. A sua atuação centralizadora e o interesse específico por certos elementos clássicos fez com que ele tivesse impacto nos projetos ao longo de seu comando, por isso, muitas obras também refletiram a personalidade do ditador que comandou o Reich Alemão.
Representação do poder
Durante o nazismo, a arquitetura de Berlim, por ser a capital do império, recebeu especial atenção. Isso tem a ver com o uso do elemento como propaganda e para demonstrar o poder do império. O objetivo era simples: utilizar os suntuosos prédios para deixar claro quão forte e sólido era o regime.
É por isso que muitas construções exploraram as dimensões reforçadas. A intenção era apresentar construções imponentes, clássicas e que fossem “a cara do governo”. Com características tão marcantes, o regime se agigantava por meio do urbanismo da capital.
Principais pontos turísticos
Durante a 2ª Guerra Mundial, boa parte de Berlim foi destruída. Com o final do conflito, restaram muitos escombros e uma grande necessidade de reconstrução. Contudo, alguns prédios foram preservados dos intensos bombardeios e podem ser visitados até hoje.
As construções que permanecem de pé em Berlim são atrações imperdíveis para quem deseja explorar a arquitetura do período e entender todas as transformações pelas quais a capital passou. A seguir, veja quais são alguns dos pontos turísticos que merecem a sua visita!
Palácio do Reichstag
Também conhecido como Prédio do Parlamento, o Palácio do Reichstag é o local onde os parlamentares alemães realizam votações e deliberações. Ele foi finalizado em 1894, o que significa que surgiu antes do nazismo. No entanto, teve um papel muito importante para a consolidação do nazismo.
Em 1933, logo antes do regime, o parlamento sofreu um incêndio criminoso. A plenária se transformou em cinzas pelas mãos de um holandês de 24 anos, revoltado com a ascensão dos nazistas.
Hitler viu esse momento como uma oportunidade, diante da insegurança do povo alemão, baixou um decreto que criou o estado de exceção. E, assim, pôde censurar jornais de oposição e começar a perseguir os judeus.
Com a implementação definitiva do Reich Alemão, o prédio não foi usado para tomar decisões, mas passou a explorar a atuação como propaganda do regime nazista. Suas colunas bem na frente e o visual alongado têm tudo a ver com a proposta neoclássica, mas durante a 2ª Guerra, foi intensamente bombardeado e perdeu a redoma.
Com a reconstrução, foi criado um tipo de terraço panorâmico, junto a uma estrutura com metal e vidro. Hoje é um símbolo da união entre a estrutura tradicional e a composição moderna. Por conta de sua importância política e arquitetônica, atrai turistas de todas as partes do mundo. A visitação é gratuita, mas exige registro prévio. O local fica aberto diariamente, das 8h até 0h, mas a última entrada é às 21h45.
Estádio Olímpico de Berlim
É quase impossível falar da arquitetura de Berlim e da influência do nazismo sem citar um dos prédios mais importantes: o Estádio Olímpico de Berlim — Olympiastadion.
Erguido na década de 1930, foi inaugurado a tempo dos Jogos Olímpicos de 1936. Nesse momento, o regime nazista estava em seu ápice, então a sua construção foi uma demonstração de poder. Ele fazia parte do chamado Reichssportfeld, um complexo esportivo que foi criado por ordens de Hitler.
Após a sua inauguração, ele comportava 110 mil espectadores, além de contar com tribunas de honra para o comandante da Alemanha nazista. O local era marcado pelo formato oval, com colunas decorativas do lado de fora, milhões de metros cúbicos de concreto e as representações gráficas do regime fascista.
Desde o encerramento da guerra, o estádio passou por algumas renovações, sendo a mais notória a de 2004. Agora, o estádio conta com capacidade para 70 mil pessoas, uma cobertura altamente tecnológica e uma atuação como arena multifuncional.
Há passeios guiados, que variam com cada época do ano. Em geral, são diários, pagos e ocorrem das 9h às 19h.
Memorial aos Judeus Mortos na Europa
É impossível falar sobre nazismo sem citar os horrores do regime totalitário. Com o estado de exceção e o comando ditatorial voltado para a chamada raça ariana, Hitler perseguiu diversos grupos, entre eles, estavam os judeus.
Enviados para campos de concentração e submetidos a experimentos e torturas, totalizaram milhões de mortes. Em Berlim, foi construído o Memorial aos Judeus Mortos da Europa — ou Denkmal für die ermordeten Juden Europas, em alemão. Também conhecido como Memorial do Holocausto, foi inaugurado em 2004 e é uma obra de Peter Eisenman.
Em uma área de 19 mil m² há 2711 peças de concreto. Cada uma tem comprimento e espessuras iguais, mas alturas levemente diferentes. De cima, há o efeito de movimento ou “ondas”. Entre as peças, há corredores que criam verdadeiros labirintos. Segundo o arquiteto, a intenção é fazer com que os visitantes se sintam perdidos como as vítimas do Holocausto.
As pedras ainda são cobertas com um revestimento especial contra vandalismo, de modo a evitar pichações. A obra foi alvo de muitas controvérsias, por não ter nome de nenhum judeu. Todas as pedras são lisas, mas com dimensões únicas. O objetivo, desse jeito, é representar o que cada pessoa tem de igual e, ao mesmo tempo, como se diferencia.
Para reverter parcialmente a insatisfação, foi criado um centro de visitantes subterrâneo. No espaço, há informações sobre as pessoas homenageadas, suas famílias, modos de vida e lugares. Com isso, a obra se torna ainda mais relevante.
O fato é que sua localização em Berlim é muito importante. Os campos de concentração eram posicionados em áreas afastadas, mas um memorial no centro da capital ajuda a manter a lembrança viva. De acordo com o arquiteto, a intenção é evitar que os alemães se esqueçam dessa parte da história.
O lugar fica aberto de terça-feira a domingo, das 10h às 20h de abril a setembro e das 10h às 19h, de outubro a março. A entrada é sempre gratuita, mas há alguns passeios guiados pagos, que devem ser agendados.
Campo de Concentração Sachsenhausen
Por falar no Holocausto, muitos turistas desejam conhecer campos de concentração para entender a realidade desse período. Para quem estiver em Berlim, vale visitar o Campo de Concentração Sachsenhausen.
Em alemão, é chamado de Gedenkstätte und Museum Sachsenhausen e foi um dos mais importantes do regime. Ele esteve ativo de 1936 a 1945, ou seja, por quase todo o período do nazismo, ao total, mais de 200 mil pessoas passaram por lá.
O local, que abrigava uma antiga fábrica, começou a receber milhares de judeus. Mesmo após a 2ª Guerra, permaneceu como campo especial para os soviéticos. Somente em 1961 passou a servir de memorial e, em 1993, também na forma de museu.
O espaço conta com diversas construções, tais quais os alojamentos e área de cuidado médico. A exibição permanente ainda mostra o cotidiano, desde que com objetos de alimentação até representações das torturas.
Em relação à arquitetura, é possível obter muitas grades, muros de concreto e locais abertos. Nas construções, as linhas retas predominam, com poucas janelas e quase nenhum detalhe. No lado de dentro, os espaços eram comuns e limitados, para comportar o maior número de pessoas.
A entrada é gratuita, mas passeios guiados para grupos são pagos. O funcionamento do memorial é diário, das 8h30 às 18h de março a outubro e de 8h30 às 16h30 de outubro a março.
Nova Sinagoga
Em Berlim, também vale visitar a Nova Sinagoga (ou Neue Synagoge). Ela foi erguida para ser a principal da comunidade judaica da cidade e, devido ao histórico com os judeus, ganhou ainda mais importância após a 2ª Guerra Mundial.
A sua construção foi finalizada por volta de 1860 e ela apresentava características arquitetônicas marcantes. O interior era marcado por arcos simétricos, colunas de sustentação e andares para o posicionamento das pessoas.
A área de leitura da Torá tinha muitos detalhes, além de entrada de luz natural que valorizava o ambiente. Contudo, o prédio foi “sequestrado” pelos nazistas e sofreu impactos irreversíveis durante a guerra.
Com o risco de colapso da estrutura, ela precisou ser demolida. Passou por uma reconstrução anos mais tarde, que buscou se manter fiel à proposta original. A fachada conta com duas torres e uma cúpula, ambas muito detalhadas e feitas com materiais nobres. Alguns pontos são dourados (especialmente, na redoma principal), o que dá destaque extra nos dias claros.
Hoje, transformou-se em um símbolo de resistência e da pluralidade alemã. O interior funciona como museu e apresenta a maquete da original, além de itens construtivos restantes. Os visitantes ainda podem conhecer a área do salão antigo, para ter uma ideia de sua dimensão.
A visita é paga, assim como a subida na cúpula. O funcionamento ocorre de domingo a quinta-feira, das 10h às 18h e às sextas-feiras, das 10h às 15h entre outubro de março. De abril e a setembro, funciona de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h e aos domingos, das 10h às 19h.
Museu Histórico Alemão
Outro prédio de arquitetura marcante de Berlim é o Museu Histórico Alemão (Deutsches Historisches Museum). Embora a instituição tenha surgido depois da 2ª Guerra Mundial, ele fica no prédio conhecimento como Zeughaus.
O nome do prédio significa “arsenal” em alemão e serviu exatamente para isso. Erguido no começo do século 18, era o local de armazenamento militar da Prússia. Depois, passou a abrigar o Museu de Guerra Zeughaus.
Sua arquitetura tem uma proposta barroca, típica do século em que foi erguido. As múltiplas janelas são complementadas por colunas detalhadas e estátuas alinhadas no topo. A estrutura foi danificada por bombardeios, mas parcialmente reconstruída nas décadas seguintes. Desde o encerramento da Guerra Fria, conta com um acervo completo e permanente que explora os 2 mil anos de história alemã.
Desde 2003, ele também tem um prédio anexo. Nos fundos, o museu abriga uma estrutura moderna, feita com metal e vidro e linhas sinuosas. Assinado pelo norte-americano de origem chinesa Ieoh Ming Pei, o projeto faz parte de uma iniciativa de ampliação. Arrojada, a estrutura cobre, parcialmente, um dos pátios do prédio principal — essa é a área de exposições temporárias sobre o país.
A visitação acontece diariamente, das 10h às 18h. A entrada é paga para maiores de 18 anos, assim como os passeios guiados.
Bunker do Hitler
Conhecido originalmente como Führerbunker, o Bunker do Hitler é formado por um complexo de estruturas subterrâneas que eram utilizadas pelo comandante da Alemanha nazista.
O local foi construído em 1943 e inaugurado em 1944, apenas um ano antes da derrota de Hitler para os Aliados. A motivação, é claro, era ter um ambiente protegido conta as centenas de bombardeios em espaços acima da terra.
No lugar, o militar planejou estratégias com sua equipe de confiança e viu suas iniciativas fracassarem. No final, foi onde cometeu suicídio. O complexo tinha quase 20 cômodos, com uma planta tradicional e com máximo aproveitamento. Sua saída tinha uma forma estratégica, em uma espécie de jardim. Também tinha uma construção com uma torre baixa para ventilação, muitas áreas vazadas e uma estrutura reforçada de concreto.
Com o encerramento da guerra e a tomada dessa porção de Berlim pelos soviéticos, o Bunker foi completamente destruído.
Hoje, o local acima das passagens subterrâneas é um mero estacionamento, com um jardim com belo paisagismo e bancos de concreto. Nada além de uma pequena placa indica que, bem ali, alguns dos complexos planos nazistas foram traçados.
O ponto fica bem perto do Memorial do Holocausto e, por ser aberto, pode ser visitado a qualquer dia e horário.
Memorial Anne Frank
Anne Frank é uma das figuras mais emblemáticas, importantes e representativas da 2ª Guerra Mundial e de seus horrores. A adolescente judia viu sua família ser perseguida e, durante muito tempo, viveu escondida em um quarto secreto.
Poucos meses antes de a guerra terminar, sua família foi traída e capturada. Anne Frank morreu em um campo de concentração, com apenas 15 anos. A sua principal obra — o diário que escreveu enquanto estava escondida — tornou-se uma das obras mais famosas em todo o mundo.
Em sua homenagem, foi inaugurado o Memorial Anne Frank (Anne Frank Zentrum), em Berlim. Bem próximo ao centro, abriu as portas em 1998 e tem a missão de manter vivo o legado da adolescente.
O local conta com uma exposição permanente sobre a vida dela e de sua família, além de uma perspectiva sobre a perseguição aos judeus.
A arquitetura do prédio é singela, com um pequeno arco e paredes já castigadas pelo tempo. Em uma espécie de viela, forma-se uma verdadeira galeria de arte urbana, com grafites especiais e, inclusive, com a foto da menina.
O interior é moderno, amplo, repleto de fotos e outras mídias. Eventualmente, recebe exposições itinerantes. A entrada é paga e acontece o ano inteiro, de terça-feira a domingo, das 10h às 18h.
Coluna da Vitória
O monumento conhecido como Coluna da Vitória (Siegessäule) foi construído em 1873. Ele representa a vitória da Prússia, da qual a Alemanha fazia parte, nas guerras acontecidas no período.
Esse obelisco tem 67 metros de altura e fica na Großer Stern, uma praça central de um parque de Berlim. Em seu topo, há uma estátua da deusa da vitória, com visual dourado imponente. Mas o que isso tem a ver com a 2ª Guerra e com os nazistas? Embora essa obra não tenha sido construída pelo regime fascista, ironicamente ela foi salva por ele.
Os nazistas decidiram movê-la de lugar, pois seu ponto original era bem perto do Reichstag. A intenção era usá-la como um ponto central para os ambiciosos planos de reconstrução de Berlim. O exército alemão foi derrotado antes, mas, pelo menos, a obra se manteve intacta. A região do Parlamento foi destruída por ataques aéreos e, não fosse a troca de lugar, a obra arquitetônica teria se perdido para sempre. A visitação é livre em qualquer época do ano.
East Side Gallery
Com o fim do regime nazista e o encerramento da guerra, a Alemanha se viu diante de um impasse. Enquanto os aliados queriam reconstruir o país, os soviéticos foram contra os planos apresentados.
Então, o Joseph Stalin, líder da União Soviética, ordenou a construção do famoso Muro de Berlim (Berliner Mauer, em alemão). A construção gerou a divisão em Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental, que foi controlada pelos soviéticos.
Devido a grandes manifestações e negociações, a estrutura foi derrubada após quase 30 anos. Em 1989, enfim, o país estava unificado novamente. Ao mesmo tempo, esse ainda é um elemento importante para a história alemã. Pensando nisso, foi criada a East Side Gallery.
Ela é composta por cerca de 1 quilômetro do muro que não foi demolido. Com o auxílio de mais de 100 artistas, tornou-se a maior galeria de arte ao ar livre do mundo.
O grande destaque de arquitetura fica, mesmo, por conta dos grafites. As manifestações políticas e críticas sociais ajudam a apresentar a história do país e da sociedade por meio de formas e cores. A visita é gratuita e acontece em qualquer dia ou horário. É só chegar e apreciar as obras.
A Berlim da 2ª Guerra foi devastada por bombardeios e, antes disso, sofreu a grande influência nazista. Embora tenha sido reconstruída em todos os aspectos possíveis, aquele período ainda está presente. Nesses pontos turísticos, você tem a chance de reviver a década de 1940 na capital alemã.
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