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Alumínio naval, quilha retrátil e porcelanatos: veja detalhes do projeto do Veleiro ECO

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09.11.2018
Totalmente desenvolvido por uma equipe universitária, o barco é um laboratório marinho que realizará expedições científicas, tecnológicas, ambientais e sociais. A Portobello também "embarcará" nessa aventura em alto-mar; entenda!
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Com o lema “Navegar é preciso... preservar também é preciso”, adaptado do poema português de Fernando Pessoa, um grupo formado por pesquisadores, professores, estudantes, velejadores e outros muitos profissionais, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), se uniu na missão de acompanhar e, acima de tudo, proteger a vida dos ecossistemas marinhos. O fascínio pelo mar fez com que esse time não desistisse, mesmo após seis anos, de colocar de pé a primeira embarcação construída exclusivamente para expedições científicas oceanográficas no Brasil: o Veleiro ECO.

O Veleiro ECO pronto para expedições

Os trabalhos foram iniciados em 2012 no Sapiens Park, em Florianópolis, parque de inovação que abriga empreendimentos, projetos e qualquer iniciativa estratégica para o desenvolvimento de uma região. Alguns anos (e testes!) depois, o ECO está pronto para grandes “aventuras” em alto-mar. “A primeira coisa é a idealização do barco em função da sua finalidade. Se é um barco de pesquisa, como este, tudo é pensado para facilitar e permitir a pesquisa do grupo que vai utilizá-lo na viagem. Esse foi o primeiro passo”, recorda Andrea Piga, engenheiro responsável pelo projeto e construção do veleiro.

Veja evolução na construção do Veleiro ECO:

De alumínio naval e 60 pés, o que equivale a cerca de 20m de comprimento e 5,3m de largura, o barco possui casco soldado com tecnologia (TIG e MIG) de última geração. “Além de o material ter uma vida bastante longa e ser resistente, há facilidade na manutenção, com menos necessidade de pintura, por exemplo. Então, é um barco polar que pode ir para qualquer lugar do mundo, navegar em qualquer condição de vento e mar. Na universidade, nós temos também um grande parceiro de soldagem de alumínio que possibilitou essa construção”, acrescenta Piga.

Orestes mostra a área de convivência do barco

Por ser um barco veleiro, o mais interessante do ECO é ter a capacidade de se locomover também à vela, o que contribui para uma maior autonomia da embarcação e menor impacto ambiental. “Outra característica importante que será utilizada nos próximos projetos é a quilha retrátil, então, tem pouco calado (profundidade entre o ponto mais alto da quilha em relação à linha d’água) e pode navegar em águas rasas de mangues e estuários de rios, áreas pouco exploradas pelas ciências nacional e internacional”, explica Orestes Alarcon, coordenador geral e comandante da embarcação.

Diferentes ângulos da parte externa do veleiro
Camas que vão acomodar a tripulação

Alarcon ainda afirma que o ECO permite a acomodação de oito pesquisadores e dois tripulantes, em travessia, e um total de 20 pesquisadores em navegação costeira sem pernoite: “O interior é pensado para, de fato, hospedar essas 10 pessoas com beliches dos dois lados. Há também uma grande área de convivência para discussões e reuniões do grupo em geral”. O colorido dessa parte específica do projeto, aliás, fica por conta dos revestimentos da Portobello no backsplash da cozinha, o qual combina o Magma Design Blu e o Magma Design Verde, ambos da linha Magma Rock.

Cozinha traz revestimentos Portobello da linha Magma Rock
Área de convivência

O Veleiro ECO também possui recursos como laboratórios para que as primeiras análises sejam imediatamente realizadas pela equipe a bordo. “Trata-se de um laboratório marinho e molhado, assim chamado porque será utilizado basicamente para análises de água, no caso, as primeiras análises de amostras biológicas com a grande vantagem de ser de baixo custo”, ressalta o engenheiro Andrea Piga. A partir de agora, o ECO deverá fazer algumas viagens de teste na costa catarinense até iniciar a primeira missão, em fevereiro de 2019. “Vamos para as Ilhas de São Pedro, São Paulo e Ilha da Trindade, os pontos mais distantes da costa brasileira, pois precisamos saber como eles estão sendo afetados pela poluição e como está a comunidade viva ao redor desse arquipélago”, comenta Alarcon que, orgulhoso, finaliza: “É um filho que nasce. Foram anos de dedicação e muito trabalho".

A cabine do Veleiro ECO
Veleiro ECO é aberto para visitação
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