Com diversas possibilidades de aplicação, alta durabilidade e variedade de estampas, os revestimentos cerâmicos estão entre os mais usados nas construções brasileiras, sejam comerciais ou residenciais. Na hora da escolha, porém, é preciso observar bem os critérios como resistência à abrasão, produtos químicos e impactos. Os níveis de absorção de água e textura estão entre os mais importantes na hora de escolher um revestimento cerâmico para a casa. Dos pisos e azulejos mais comuns aos modernos porcelanatos e pastilhas, há uma indicação adequada para cada tipo de ambiente (interno ou externo, molhado ou seco, alto tráfego ou não) e também de condições climáticas.
A engenheira de materiais e gerente técnica geral do Centro Cerâmico do Brasil (CCB), Lilian Lima Dias, diz que a escolha do revestimento cerâmico certo exige a orientação de um profissional capacitado, como um arquiteto, um engenheiro ou um vendedor treinado. “Este profissional precisa ter conhecimentos técnicos para fornecer a correta especificação da placa cerâmica, da argamassa de assentamento e de rejuntamento adequados ao ambiente de uso”.
Fonte: Fabiane Ziolla Menezes- Gazeta do Povo
Assim como existe uma placa cerâmica adequada para cada local e clima, há também argamassas colantes e rejuntes para cada tipo de aplicação (piscina, fachada, área externa ou interna) e tipo de base de assentamento (gesso, contra-piso, etc). A especificação correta desse material e uma boa mão-de-obra é que vão dar durabilidade à cerâmica (que, em média, tem um ciclo de vida de até 15 anos) e evitar problemas futuros, como o descolamento do material.
Para isso, o primeiro passo é observar as indicações da embalagem da cerâmica, que trazem indicações da argamassa e rejunte ideais (inclusive com o tamanho da junta que deve ser deixada entre uma placa e outra), além de dicas de manutenção e limpeza.
O segundo passo é contratar um profissional capacitado, indicado por um arquiteto ou loja especializada. Para o técnico de ensino do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-PR), David Alves Ferreira, o profissional tem de entender o projeto apresentado e ser capaz de ajudar no orçamento do material, fazendo o cálculo de quanto de cerâmica, argamassa e rejunte o cliente precisará (cálculo que começa com a metragem quadrada do espaço e as medidas das peças e termina com a quantidade de rejunte, que depende da largura entre uma placa e outra). “Como qualquer obra, é importante fazer um contrato escrito com o trabalhador com detalhes como preço, o que será executado e em quanto tempo e um compromisso de uso dos equipamentos de segurança de trabalho, como uniforme, bota de couro, óculos e máscara contra poeira”, explica Ferreira. O assentamento deve ser feito de acordo com as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Entre as dicas básicas para verificar se o trabalho está bem feito está a planicidade (as placas têm de estar no mesmo nível), o alinhamento das juntas, a aplicação do rejunte (que não pode ter buracos ou excessos do material saindo do espaço) e a própria limpeza da obra (não pode ter poeira em excesso e nem restos de rejunte e argamassa sobre as placas).