Os visitantes da capital norueguesa têm um novo motivo para se aventurar fora da cidade em busca de arte e natureza. O segundo semestre de 2019 marcou a inauguração de uma nova estrutura dentro do Kistefos - um complexo de museus no local de uma antiga fábrica de celulose, agora o maior parque de esculturas ao ar livre da Escandinávia para arte moderna.
Obras do escultor britânico Anish Kapoor, do islandês dinamarquês Olafur Eliasson e da japonesa Yayoi Kusama estão entre as mais de 40 esculturas ao ar livre que os visitantes podem admirar ao passear pelo parque, inaugurado em 1999. O complexo de arte, também conhecido como Kistefos Sculpture Park, já apresentava vários componentes admirados no mundo inteiro, como o Museu Industrial e o salão de arte Kunsthallen, mas a adição do museu The Twist garantiu a atração de diversos novos olhares. A nova construção além de comportar impressionantes exposições de arte, atravessa o rio Randselva em forma de ponte, na cidade de Jevnaker, a aproximadamente 65 quilômetros ao norte de Oslo.
O projeto de 1.000m² está completamente integrado com o parque e com a paisagem natural, estrategicamente posicionado como um elemento conector. O fundador do escritório de arquitetura BIG definiu a estrutura como uma ponte habitável, que oferece uma nova travessia ao rio.
A obra se assemelha a um baralho de cartas. Com uma fachada toda revestida em alumínio, o projeto traz movimento para o parque de esculturas. As torções foram criadas para nivelar as diferentes alturas das margens do rio e criar uma estética escultural distinta. Ao lado de fora, a estrutura em forma de espiral, parece estar curvada, mas olhe atentamente e você verá que a construção ondulante é realmente composta de painéis alinhados, em forma de bastão, todos eles completamente retos.
A entrada na parte sul do museu possui um caráter monolítico marcado por uma arquitetura com uma altura dupla e sem janelas, criando um espaço imponente chamado de galeria ‘’introvertida’’. Já ao lado norte, a galeria ‘’extrovertida’’, onde o andar é revestido por uma faixa de vidros do chão ao teto. À medida que o vidro é descompactado pela torção, cria uma sala cheia de luz no interior, com vista para o antigo moinho de celulose do parque. A parte vertical sem janelas representa a arte e um ambiente sóbrio, já o espaço iluminado representa a natureza e a luz de uma forma espontânea.
Os elementos que formam a torção são diversas ripas pintadas de branco que mediam a transformação entre os dois espaços. O eixo principal, onde os dois ambientes se encontram forma um elemento claramente em destaque, criando uma terceira sala.
Gostaram do post? O novo museu Twist estará aberto para visitas entre o dia 24 de maio até 11 de outubro de 2020, podendo haver alteração de horários por conta da pandemia. A arquitetura monumental criada pelo escritório BIG, com certeza merece uma visita, com espaços que além de proporcionar arte trazem as mais diversas sensações e emoções arquitetônicas.