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Criatividade nas alturas: saiba como elaborar um teto decorado

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13.08.2018
Os tetos decorados são uma forma de destacar ainda mais um projeto de interiores, mostrando que você presta atenção a todas as superfícies de um espaço. Neste artigo, vamos falar um pouco sobre aplicação de porcelanato, rebaixamento de gesso e outros métodos para decorar essa parte do ambiente de forma elegante e original. Confira!
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De quais elementos você mais se lembra quando pensa em decorar um ambiente? Para você, pode ser que decoração remeta à escolha de um estilo, peças de arte e belos revestimentos, por exemplo. Mas e o teto? Lembra decoração também?

Para o arquiteto Diego Revollo, muitos profissionais da área não dão a devida importância ao teto nos projetos, ou mesmo o ignoram, tendendo a prestar muito mais atenção ao piso.

“Sempre me preocupei com todas as superfícies de um espaço com o mesmo grau de prioridade. Pisos, paredes e tetos costumam ser a ‘moldura’ de um espaço e todos devem receber igual atenção”, considera.

O arquiteto investe em teto decorado que chama atenção e valoriza essa área do ambiente em muitos projetos. Conversamos com ele sobre a concepção do Café Portobello Shop, em São Paulo, em que ele aplicou porcelanato no teto, e recebemos algumas dicas sobre como utilizar diversos elementos para criar um bom teto decorado. Leia a seguir!

Aplicação de porcelanato no teto

Como não poderia deixar de ser em um projeto feito para a Portobello Shop, o porcelanato foi um material muito utilizado por Diego. Mas, enquanto muitos arquitetos poderiam tê-lo aplicado apenas no piso e nas paredes, o profissional foi além e levou peças de Decor Cotton ao teto.

A única premissa que precisou seguir no projeto, no qual teve grande liberdade criativa, foi utilizar porcelanatos bem distintos entre si nos formatos, estilos e texturas, mas com tons entre o branco e o cinza claro.

Teto decorado com porcelanato por Diego Revollo

O café, bem na vitrine do espaço, recebe muita luz natural, e essa condição fez Diego se lembrar imediatamente de viagens às praias do Mediterrâneo e da Grécia, que o remetem à decoração com abundância de branco e um toque rústico.

Essa rusticidade foi garantida por placas 12×180 de Cannelle, que dão aspecto amadeirado ao piso, às paredes e às sancas, e contrastam com os delicados desenhos das peças 60×60 de Decor Cotton aplicadas no centro do teto.

Diego ressalta que algumas precauções precisam ser observadas no assentamento de porcelanato no teto. “Um dos cuidados é o próprio peso do material.

Ele foi fixado junto ao forro, então, além do cuidado na escolha da argamassa colante, o principal entrave foi na estruturação do forro em si. O engenheiro responsável teve que fazer o cálculo de todo o peso do revestimento para se certificar que o forro suportaria esse aumento substancial de carga”, explica o arquiteto.

Ele detalha que esse problema não existe na aplicação de porcelanato na laje, que suporta bem pesos maiores. Na perspectiva dele, é importante realizar testes de assentamento em algumas superfícies antes de aplicar as peças no teto inteiro.

Uso de lustres que chamam a atenção

O projeto de Diego privilegia a aconchegante iluminação difusa das sancas, mas ele também utilizou pequenos lustres para complementar o charme do espaço. A ideia era trazer um ar retrô com esses elementos, portanto a primeira escolha do arquiteto foi por globos pendentes. Mas, já que o pé-direito do espaço é baixo, a decisão foi por plafons redondos fixados ao forro.

As peças escolhidas por Diego para o café são mais discretas, mas ele também é fã de lustres chamativos — desde que estejam em harmonia com o restante do projeto.

“Os lustres são um dos itens decorativos discutidos bem no início do projeto, quando explicamos para o cliente que é um elemento que sempre vai se sobressair muito, já que ele ‘reina’ sozinho no teto, via de regra. A escolha deve ser bem criteriosa”, afirma. Por isso, Diego costuma até pedir aos fornecedores que enviem o modelo para demonstração na obra antes de adquiri-lo.

Teto decorado no Café Portobello Shop, em São Paulo

Se der uma olhada nas obras cadastradas no Archtrends Portobello, você pode conferir o trabalho de outros arquitetos afeitos a belos lustres. Um exemplo é este projeto do arquiteto Marcelo Minuscoli, que utilizou exuberantes lustres pendentes em várias partes da casa.

Vale lembrar que nem todo lustre de destaque precisa ser assim. O L+W Arquitetos, por exemplo, optou por um lustre de madeira mais discreto, mas ainda charmoso, que trouxe muita personalidade ao teto desta sala de estar.

Rebaixamento de gesso

Os rebaixamentos de gesso são mais uma boa opção para destacar o teto. No projeto de Diego, o rebaixamento foi de marcenaria, porque o prazo para a obra era curto — todo o projeto foi finalizado em 20 dias —, mas ele utiliza o gesso com frequência.

Ele costuma aplicar a mesma cor das paredes no forro, principalmente em ambientes mais contemporâneos, e considera uma regra simplista sempre adotar o forro branco. Em alguns projetos, entretanto, o tom ainda traz muita elegância.

É o caso deste ambiente comercial projetado pelo escritório ITI Arquitetura e Interiores, no qual faixas de gesso compõem sancas iluminadas no teto e descem pelas paredes, trazendo uma integração interessante às superfícies do ambiente.

Uso de desenhos ou formas geométricas

Em um projeto de quarto de bebê, Diego utilizou uma solução criativa para deixar o teto mais atraente: posicionou figuras destacadas em branco logo acima do berço.

“Foi a oportunidade de oferecer um forro lúdico e até mesmo mais decorativo para o universo do bebê. Partimos do pressuposto de que ele passa a maior parte do tempo mirando o teto do quarto, e tentamos expandir o conceito de entretenimento do móbile também para o teto”, conta ele.

Além disso, é possível utilizar desenhos ou formas geométricas no teto de outros ambientes. A equipe do Gebara & Filártiga Arquitetos, por exemplo, utilizou placas retangulares no teto da sala de um loft, destacando o ambiente de forma elegante e original.

A imaginação é o limite para decorar o teto com desenhos ou formas geométricas: vale utilizar adesivos e tinta ou até brincar com o formato das sancas, como fez a arquiteta Carla Almeida nesta sala de jantar.

Nossos exemplos elevaram sua criatividade? Então, compartilhe este texto nas suas redes sociais e ajude outros arquitetos a olhar para cima e perceber o imenso potencial dos tetos em projetos arquitetônicos!

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