Assim como a Revestir 2022 ficou conhecida como a Revestir do reencontro no universo da arquitetura, o mesmo está acontecendo com a SP-Arte 2022 para o mercado das artes. Após uma edição 100% virtual, em 2020, e outra híbrida na Arca, em 2021, a principal feira de arte da América Latina retorna à sua sede original, o icônico Pavilhão da Bienal.
O primeiro dia de SP-Arte evidenciou o desejo do mercado por esse grande evento. Centenas de profissionais e amantes da arte visitaram a feira, em clima de entusiasmo, livre da maior parte das restrições da pandemia que limitaram os últimos dois anos. Participam 92 galerias de arte nacionais, nove internacionais e 32 galerias de design.
O setor de design, inclusive, passou a ocupar um novo espaço na feira, agora no térreo. Entre os expositores, destaque para a Wentz, marca do designer Guilherme Wentz, que participou pela primeira vez da SP-Arte lançando a coleção Mar. O tom de azul intenso é uma novidade bem-vinda na paleta de Wentz. Para expor a nova poltrona Canoa, o designer criou um espaço que transporta os visitantes da feira para o fundo do mar por alguns minutos.
Também são lançamentos as mesas de centro Onda e Maré, em granito, e os novos tecidos que Wentz desenvolveu exclusivamente para seus estofados. Surpreendentemente, eles também têm relação com o mar: “O material é feito com garrafas PET recolhidas dos oceanos”, explica o designer.
Quem também aproveitou a SP-Arte para lançar um novo design foi Rodrigo Ohtake. Na 31 Mobiliário, Rodrigo apresentou uma cadeira para área externa. A 31 ainda reedita alguns móveis de Ruy Ohtake. Também na SP-Arte, foi lançada uma série limitada da banqueta Onda. São 83 unidades assinadas, em uma homenagem ao grande arquiteto, que faleceu aos 83 anos em 2021.
E a prova de que a SP-Arte, além de arte, respira arquitetura e design, é o Lounge SP-Arte. Entre os espaços das galerias, um respiro para apreciar a Bienal de Niemeyer. O lounge é mobiliado com peças de design brasileiro contemporâneo, entre elas, o banco Trianon, de Nadezhda e Paulo Mendes da Rocha.
Antes exposto no Mube – Museu Brasileiro da Escultura, projeto de Paulo Mendes da Rocha, nesses dias de SP-Arte, o banco Trianon ocupa o Pavilhão da Bienal de Oscar Niemeyer. Um design tão propício ao encontro, graças aos assentos para ambos os lados, instigando a interação entre as obras dos dois Pritzkers brasileiros, o moderno e o contemporâneo, a arte, a arquitetura e o design.
Serviço
Período: até 10 de abril
Entrada: R$ 50
Horários: das 12h às 20h
Localização: Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n, Moema