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O que fazer em São Paulo em setembro de 2022

Archtrends Summit volta a acontecer presencialmente, como evento âncora da DW (Foto: Guto Campos)

1 | DW! Semana de Design de São Paulo

Archtrends Summit em 2020
Pedro Andrade participou do Archtrends Summit em 2020, e agora volta a subir ao palco como apresentador do fórum (Foto: Guto Campos)

Ao longo de oito dias, a 11ª edição da Semana de Design de São Paulo, a DW!, reunirá mais de 300 de eventos na região metropolitana da capital paulista. Trata-se de um dos maiores festivais urbanos de design, arquitetura, decoração e economia criativa do mundo. A cada ano, a DW! é composta por diversos parceiros independentes que realizam, de forma simultânea e integrada, uma série de eventos, como palestras, visitas guiadas, exposições, instalações, intervenções artísticas e urbanas, seminários, feiras de negócios, prêmios, festas e lançamentos de produtos (confira aqui todos os eventos). Em 2022, um dos destaques da programação é o Archtrends Summit, o fórum de conteúdo da Portobello, que está na 5ª edição e acontecerá no dia 8 de setembro. Este ano, com o tema Me Is We: Nossa Natureza é Coletiva, as discussões abordam a valorização da comunidade e da cultura de contribuição. Alex Atala, Gab de Matos, Humberto Campana, Nina Talks, Patricia Pomerantzeff e Vik Muniz são presenças confirmadas nos bate-papos e palestras. O evento acontecerá presencialmente no hotel Rosewood para 600 profissionais de arquitetura convidados. Também haverá transmissão online gratuita para quem desejar assistir. As inscrições podem ser feitas nesta página.  

Serviço
Período: de 4 a 11 de setembro
Localização: São mais de 300 eventos realizados por 100 expositores, em diversas regiões da cidade de São Paulo.

Dica: A programação oficial detalhada da Semana de Design de São Paulo vem sendo divulgada no site e no Instagram do festival.

2 | Reabertura do Museu do Ipiranga

Museu do Ipiranga são paulo setembro 2022
Construído entre 1885 e 1890 como um monumento à memória da Independência do Brasil, o edifício é tombado pelo patrimônio histórico municipal, estadual e federal. Após o recente restauro, a construção recebeu, pela primeira vez, adequações para acessibilidade, sistema de prevenção de incêndios e estrutura para abrigar acervos de outras instituições (Foto: Natalia Cesar/Divulgação)

Após passar nove anos fechado, sendo os últimos três deles em reforma, o Museu do Ipiranga reabre as portas com o dobro de área construída. Isso porque a obra incluiu a criação de um novo espaço em frente ao prédio principal, na área da esplanada. A expansão abriga bilheteria, café, loja, auditório, ambientes para atendimento educativo e sala de mostras temporárias. A contemplação da arquitetura histórica vale o passeio: o prédio erguido entre 1885 e 1890 voltou a apresentar suas cores originais. O restauro recuperou ainda 450 portas e janelas, 1,9 mil m² de assoalho e 1,5 mil m² de ladrilho hidráulico. O jardim francês também teve paisagismo e iluminação renovados, com projeto assinado pelo escritório H+F Arquitetos. A reabertura, programada para 7 de setembro, terá 12 exposições com mais de 3 mil itens restaurados do acervo do museu e outros 509 itens de outras coleções. As pinturas, esculturas, moedas, documentos, fotografias e objetos datam, em sua maioria, dos séculos 19 e 20, e também há peças da época colonial. Entre as novidades das mostras estão os recursos multimídia, presentes no Museu do Ipiranga pela primeira vez, na forma de 62 peças audiovisuais. A enorme tela Independência ou Morte, de Pedro Américo, obra mais famosa do museu, poderá ser vista em sua versão restaurada. Desde 2017, a pintura estava sob os cuidados da restauradora Yara Petrella e sua equipe. 

Serviço
Período: a partir de 8 de setembro
Entrada: grátis até 6 de novembro
Horários: terça a domingo, das 12h às 18h
Localização: Rua dos Patriotas, 20, Vila Monumento

Dica: Aproveite a ida ao Museu do Ipiranga para visitar também o Sesc Ipiranga, a 300 m dali (Rua Bom Pastor, 822). A partir de 6 de setembro, o local abrigará a exposição Outros Navios: Fotografias de Eustáquio Neves. A obra do artista mineiro é permeada por crítica social e versa sobre escravidão e racismo. Aberto de terça a sexta, das 9h às 21h30; sábados, das 10h às 21h30; e domingos e feriados, das 10h às 18h30. Entrada gratuita.

3 | Mostra Histórias Brasileiras no Masp

Natureza Morta 1 (2016), de Denilson Baniwa
Fotografia Natureza Morta 1 (2016), de Denilson Baniwa, é uma das obras expostas na mostra coletiva sobre diferentes narrativas da história brasileira (Foto: Denilson Baniwa)

Cerca de 400 itens compõem a exposição Histórias Brasileiras, que ocupa dois andares do Masp. São pinturas, desenhos, esculturas, fotografias, vídeos, instalações, jornais, revistas, livros, documentos, bandeiras e mapas selecionados e organizados por 11 curadores, garantindo a polifonia da mostra. O objetivo é propor uma reflexão sobre a complexidade das narrativas sobre a formação do país, bem como seus personagens históricos, eventos sociais e políticos. Os objetos são divididos por temas (bandeiras e mapas; paisagens e trópicos; terra e território; retomadas; retratos; rebeliões e revoltas; mitos e ritos; festas), tudo formando um caleidoscópio em sintonia com pautas contemporâneas e com a vida cotidiana. A mostra coletiva reúne obras antigas e recentes, de artistas brasileiros e estrangeiros, a exemplo da conhecida pintura Paisagem com jiboia (1660), do holandês Frans Post, e a fotografia Natureza Morta 1 (2016), do amazonense e ativista dos direitos indígenas Denilson Baniwa. 

Serviço
Período: até 30 de outubro
Entrada: R$ 25 (meia) e R$ 50 (inteira), de quarta, sexta, sábado e domingo; grátis de terça e quinta. Agendamento on-line obrigatório pelo site. A bilheteria no local encontra-se fechada
Horários: terça, das 10h às 20h; quarta a domingo, das 10h às 18h
Localização: Avenida Paulista, 1578, Bela Vista

Dica: O ingresso dá direito a visitar todas as exposições em cartaz no Masp. Aproveite para conhecer, por exemplo, a mostra Joseca Yanomami: Nossa Terra-Floresta celebra 30 anos de homologação da Terra Indígena Yanomami, a maior do Brasil. Em cartaz até 30 de outubro no 1º subsolo do Masp.

4 | Casa NFT na Funarte 

Casa NFT
O projeto Casa NFT propôs a digitalização de artes físicas para que pudessem ser eternizadas mesmo após serem destruídas no mundo concreto  (Foto: divulgação) 

Se o mundo está cada vez mais conectado e digital, a arte não fica atrás. Exemplo disso é o projeto Casa NFT, que reuniu 70 artistas, muralistas e grafiteiros brasileiros. Ao longo de três meses eles fizeram intervenções e pintaram uma mansão abandonada no Morumbi. Assim, o espaço foi transformado em uma grande galeria – mas com data para ser destruída, já que a casa seria demolida. Antes que o antigo casarão de 2,4 mil m² viesse abaixo, todas as pinturas foram transformadas em arquivos digitais para a geração de criptoartes, utilizando NFTs. Agora, essas imagens podem ser contempladas em uma mostra no Complexo Cultural Funarte, em São Paulo. São 130 obras digitais, que correspondem a  6,2 terabytes de acervo digital, tudo exposto de maneira imersiva, em uma área de 320 m², onde são feitas as projeções. Entre os artistas participantes do projeto estão nomes como MIA, Mari Pavanelli, EDMX, Mazola, Laura Reis e Caps. 

Serviço
Período: até 18 de setembro
Entrada gratuita
Horários: terça a domingo, das 14h às 19h
Localização: Alameda Nothmann, 1058 - Campos Elíseos

5 | Gabriela Albergaria no MAC

lápis de cor sobre papel
Obra Color Chart from Amazonia (2018) é feita com lápis de cor sobre papel, fio de algodão e pregos de latão, representando as cores de vegetais que a artista catalogou em expedição pela Amazônia (Foto: Edouard Fraipont) 

Uma expedição científica pela Amazônia deu origem às obras assinadas pela artista portuguesa Gabriela Albergaria, atualmente expostas no Museu de Arte Contemporânea da USP. A mostra Para onde agora? Where to now? Aller oú maintenant? traz ao público  dezesseis trabalhos que exibem uma natureza manipulada e estudada a partir da perspectiva da artista. A incursão pela floresta foi coordenada pela botânica Lúcia Lohmann,  do Instituto de Biociências da USP, que percorreu os rios Negro e Branco e suas margens com fins científicos. Acompanhando a viagem, Gabriela Albergaria se dedicou a recolher plantas, sementes e outros materiais, que foram fotografados, desenhados e organizados em arquivos, para mais tarde se tornarem obras de arte, criadas em seus estúdios em Nova Iorque e Londres.  Em seu processo de observação, a artista se encantou especialmente pela questão das cores das plantas – e como elas se transformam conforme secam. Isso fez surgir um caderno com registros minuciosos de tonalidades, que se converteu depois em desenhos, entre outras obras. 

Serviço
Período: até 25 de setembro
Entrada: gratuita
Horários: terça a domingo, das 10h às 21h
Localização: Avenida Pedro Álvares Cabral, 1301, Ibirapuera

Dica: Aproveite a visita para conferir as demais mostras em cartaz no local, como as serigrafias da exposição Maurício Nogueira Lima: Forma e Cor, aberta até 25 de setembro. 

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