O que fazer em São Paulo em junho de 2022
1 | Galeria Idea!Zarvos
Cercada pelo verde e a calmaria do Jardim Paulistano, a recém-inaugurada galeria da Idea!Zarvos é um ótimo programa para quem respira arquitetura. Responsável por edifícios icônicos e premiados de São Paulo, a incorporadora presenteou a cidade com o espaço de 3 mil m² assinado por Isay Weinfeld. Ali, rodeado por jardins, o anfiteatro circular iluminado por claraboia foi pensado para receber palestras e debates com personalidades da arquitetura, arte e design nacional. Marcando a abertura do local, a exposição Fragmentos da Metrópol, com curadoria de Fernando Serapião, condensa 17 anos da história da Idea!Zarvos e abrange os 16 escritórios que já projetaram para a empresa. Os edifícios são expostos na forma de maquetes, desenhos, croquis, fotos e vídeos.
Serviço
Entrada gratuita
Horários: todos os dias, das 10h às 19h
Localização: Rua Sampaio Vidal, 978, Jardim Paulistano
Dica: Não deixe de reparar também na expografia da mostra, assinada por João Nitsche. As maquetes, fotografias e desenhos da exposição são exibidos sobre chapas de aço galvanizado e bases de compensado naval, em uma linguagem crua que remete a canteiros de obra.
2 | 13ª Bienal Internacional de Arquitetura no Sesc Avenida Paulista
Após a pandemia e quase três anos desde sua última edição, a Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo retorna à cidade pela 13ª vez. Realizada pelo IAB-SP desde 1973, a mostra deste ano estimula reflexões sobre corpos, territórios urbanos, memórias apagadas e resistências. De novembro de 2020 a janeiro de 2021, um concurso avaliou propostas de co-curadoria para a mostra e elegeu como vencedor o coletivo Travessias, que dá nome a esta edição do evento. A equipe é formada por nove integrantes brasileiros de diversas áreas de atuação. O grupo, ao lado da curadora residente, Sabrina Fontenele, construiu a exposição priorizando trabalhos de povos historicamente violentados no país e no mundo. Entre os dez convidados para as instalações artísticas estão: Arquitetura na Periferia (Brasil), Banga Nossa (Angola), Christophe Hutin (França), Coletivo Coletores (Brasil), Dele Adeyamo (Nigéria/Reino Unido), Francis Kéré (Burkina Faso), Jaime Lauriano (Brasil), Mona Rikumbi (Brasil), Mouraria 53 (Brasil) e Uýra Sodoma (Brasil).
Serviço
Período: até 17 julho de 2022
Entrada: gratuita
Horários: terça a sexta, das 10h às 21h30; sábado, domingo e feriados, das 10h às 18h30
Localização: Avenida Paulista, 119, Bela Vista
Dica: É necessário apresentar comprovante de vacinação contra COVID-19 e documento com foto para ingressar no Sesc. A Bienal de Arquitetura também acontecerá simultaneamente no Centro Cultural São Paulo, de segunda a sexta, das 10h às 20h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30, na Rua Vergueiro, 1000, Paraíso.
3 | MADE no Pacaembu
Depois de dois anos, a MADE – Mercado Arte e Design retoma o formato presencial e comemora uma década de existência com nova dinâmica de exposição, que remete a um museu intimista. A maior feira de design colecionável do Brasil ocupa o Pavilhão Pacaembu, um espaço temporário construído para receber grandes eventos enquanto o complexo do Pacaembu encontra-se em reforma. Em 2022, a curadoria da MADE selecionou 80 expositores de diversos estados, que propõem uma reflexão sobre o meio ambiente e têm processos de produção artesanais e exclusivos. Além dos nomes que despontam na cena contemporânea, também estão presentes na mostra os nomes clássicos do mobiliário brasileiro. Um dos destaques da edição é o lançamento da linha Amparo, fruto de um projeto de resgate, pesquisa e aprofundamento da obra de Janete Costa, iniciado em 2016 com a participação da família da arquiteta, curadora e designer brasileira. As peças são uma edição com idealização e direção criativa de Rodrigo Ambrosio para a marca Vermeil.
Serviço
Período: 1º a 5 de junho
Entrada: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Ingressos à venda no site
Horários: quarta a sábado, das 13h às 20h30; domingo, das 11h às 18h
Localização: Praça Charles Miller, s/n, Pacaembu
Dica: O ingresso também dá direito à visitação da primeira edição da ArPa, realizada ao lado da MADE. A ArPa é uma feira de arte comandada pela VIVA Projects, agência cultural liderada por Camilla Barella e Cecilia Tanure.
4 | Modernismo na Casa de Vidro
Exibida na Casa de Vidro, a mostra De 22 a 72: Bardi e o Modernismo Brasileiro celebra os cinquenta anos da exposição Semana de 22: Antecedentes e Consequências, idealizada em 1972 por Pietro Maria Bardi no MASP para comemorar, à época, o primeiro cinquentenário da Semana de Arte Moderna. Ao rememorar a exibição, o objetivo do Instituto Bardi é debater o papel da Semana de Arte Moderna na cultura, sociedade e produção artística do país. Na exposição assinada por Bardi, o primeiro andar do MASP recebeu uma coleção de objetos e obras de arte que contextualizava a vida cotidiana na cidade de São Paulo em 1922. Já no vão livre do museu, via-se uma versão reduzida do Circo Piolin desenhado por Lina Bo Bardi, em homenagem ao palhaço Piolin, tido pelos modernistas como um exemplo de ator moderno e popular. É este tipo de registro histórico que o público pode conhecer na Casa de Vidro, por meio de documentos, fotografias, desenhos, textos e trechos de entrevistas sobre este importante episódio da cultura brasileira.
Serviço
Período: até 2 de julho
Entrada: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Ingressos à venda no site
Horários: sextas e sábados, das 10h às 15h30
Localização: Rua Gen. Almério de Moura, 200, Morumbi
Dica: Para ingressar na Casa de Vidro, é necessário o uso de máscara e a comprovação de vacinação da Covid-19.
5 | Bispo do Rosário no Itaú Cultural
Com mais de 400 peças assinadas pelo artista visual sergipano Arthur Bispo do Rosário (1911-1989), a mostra é a primeira, em 2022, a ocupar os três andares de exposição do Itaú Cultural. A exposição Bispo do Rosário – eu vim: aparição, impregnação e impacto joga luz sobre o papel da arte na saúde mental, ao exibir obras produzidas em ateliês de instituições psiquiátricas brasileiras. O trabalho de Bispo do Rosário foi criado, em grande parte, a partir de fios retirados de lençóis e de uniformes de funcionários da antiga Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro, onde o artista viveu por 50 anos, após ser diagnosticado como paranoico‐esquizofrênico. A exposição também traz cerca de 200 obras assinadas por uma série de artistas contemporâneos e modernos que foram influenciados por Bispo do Rosário, como Arlindo Oliveira e Patrícia Ruth. A mostra tem curadoria de Diana Kolker e Ricardo Resende, e foi realizada em parceria com o museu do artista, localizado no Rio de Janeiro.
Serviço
Período: até 2 de outubro
Entrada: gratuita
Horários: terça a sábado, das 11h às 20h; domingo e feriados, das 11h às 19h
Localização: Avenida Paulista, 149, Bela Vista
Dica: O canal do Itaú Cultural no YouTube reúne conteúdos que aprofundam questões abordadas na mostra. Há um minidocumentário sobre Bispo do Rosário e uma série de entrevistas com artistas que participam da exposição, como Maxwell Alexandre, Arlindo Oliveira e Patrícia Ruth.