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Óculos virtual se tornaram tendência em projetos arquitetônicos e de interiores

Um bom projeto tem o poder de mudar o estado de espírito e promover sensações a todo momento. Por isso, o escritório da arquiteta Danielle Otsuka adotou uma linha diferenciada voltada ao design emocional. Ou seja, a atenção aos ambientes vai além dos aspectos visuais dos produtos ou do mobiliário. A proposta é promover experiências sensoriais com a utilização dos óculos de realidade virtual, oportunizando bem-estar e lembranças emocionais através dos sentidos. 

A ferramenta faz parte do atendimento personalizado desenvolvido pela profissional, que faz uso também de um questionário detalhado para detectar exatamente as preferências de cada cliente. São perguntas relacionadas aos gostos, raízes, culturas e necessidades programáticas. “Costumo dizer que aqui no escritório, cada cliente tem uma frase, que inspira um layout, e determina um novo projeto”, afirma Otsuka.   

O diferencial desta tecnologia é ampliar as possibilidades de visualização do cliente, oferecendo maneiras inovadoras de experimentar e entender o projeto muito antes da construção. Graduada em Arquitetura e Urbanismo e Técnica em Design de Interiores, a profissional esclarece que as vantagens vão desde a imersão no ambiente – com o uso do óculos-, tendo uma experiência completa do local, a obtenção das reais proporções do espaço, mobiliário, cores e luminosidade; deixando os clientes mais confiantes quanto a redução do tempo em reuniões e revisões de projeto; evitando gastos desnecessários e tempo direcionado a algo que não daria certo.

O ‘test drive’ permite ver todos os detalhes, texturas e cores do ambiente

Além disso, o escritório disponibiliza imagens panorâmicas de 360° para que o cliente possa publicar nas redes sociais ou até mesmo levar “o ambiente” para casa. A ideia, segundo Danielle, é que as imagens auxiliem a compra de mobiliário e decoração, permitindo que o projeto seja executado exatamente como foi idealizado. Ela reforça que as imagens podem ser conectadas praticamente em qualquer smartphone. “É a tecnologia em favor do cliente”, completa.

A busca pelo novo é constante. As pessoas querem fazer uma espécie de ‘test drive’ para ver como vai ficar o ambiente depois de pronto. Os projetos de arquitetura com o uso da Realidade Virtual criam experiências incríveis entre os clientes. Danielle destaca dois em especial. O primeiro foi para um quarto de bebê, onde a mãe teve a oportunidade de experimentar o ambiente antes mesmo de sair do papel.

No piso do banheiro foi aplicada a Linha Portland Stone e nas paredes e nicho, a Linha Liverpool Acquamarine. “Aos 6 meses de gravidez ela se emocionou ao “entrar” no projeto através do óculos virtual e poder ver todos os detalhes, texturas e cores do ambiente”, conta a arquiteta.

Banheiro da suíte do bebê

Outra ideia sensacional, foi um parque escolar para crianças entre 2 e 5 anos onde foi trabalhado o conceito da biomimética (soluções sustentáveis observando a natureza). O ambiente engloba cômodos com piso em pneu 100% reciclado, design inteligente -com formas hexagonais no mobiliário e maior aproveitamento do espaço-, e ainda design emocional -com estímulos sensoriais através dos cinco sentidos nas instalações das paredes e teto (audição/olfato/paladar/tato/visão). As crianças também participaram. O teto é feito com peças de macramê confeccionadas pelas crianças da escola. O resultado é uma grande malha de retalhos, além de horta vertical com garrafa pet.

Parque escolar decorado com soluções totalmente sustentáveis

Especificadora da Portobello Shop Vila Olímpia, Danielle Otsuka realiza workshops falando sobre Realidade Virtual para escritórios de arquitetura, mostrando o quão benéfico é a  trajetória do traço ao virtual. Ela explica ainda que o uso da da ferramenta ajudou muito na diminuição de revisões em projetos e reuniões para escolha de acabamentos. “Como os dias são bastante corridos e trabalhosos, entre reuniões com clientes e fornecedores para definição e escolha de materiais, temos que tentar aliar a tecnologia a nosso favor”, pontua.

Danielle com o marido Ricardo e os filhos Lucas e Rafael

Os finais de semana são especialmente dedicados à família. Casada, mãe de dois meninos, a arquiteta prioriza os momentos com o marido e os filhos. Costuma ir a teatros e cinema. Adora exposições. E confessa que mesmo nas horas vagas o “descanso” do profissional pode ser transformado em busca de inspiração. “Como trabalhamos muito com a criação, o descanso é fundamental para esvaziar a mente, observar e gerar novos repertórios”, finaliza.

E você? O que achou da utilização dos óculos virtual nos projetos de arquitetura? Acesse www.archtrends.com e conheça um pouco mais dessa ferramenta.

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