Com paleta neutra e predomínio da cor branca, essa cobertura de cerca de 400 m², em São Paulo, foi desenhada para uma moradora que buscava sobriedade e elegância. Ela também desejava se afastar da cor bege, preferindo por tons acinzentados.
“O desafio era trazer o cinza, mas manter o aconchego”, relata a arquiteta Thais Manfrim, da Borboleta Arquitetura, responsável pelo projeto. “O uso de revestimentos em madeira e o Bianco Covelano, ambos da Portobello, ajudaram a dar esse equilíbrio”, explica.
Reprodução de mármore branco com veios sutis em cinza, o Bianco Covelano aparece nas áreas íntima e de serviço, spa e living. Em uma das salas, uma Lastra de tamanho 270x120 faz a vez de painel para a televisão.
Para aquecer os ambientes, além do mobiliário de madeira, foi usada a linha Araucaria, da Portobello. Já no banheiro do quarto dos hóspedes, brilha o Pietra Lombarda Grigio, conferindo neutralidade e rusticidade, em harmonia com acessórios em cor preta. No banheiro da suíte principal, quem entrou em cena foi o Travertino Navona Grigio.
Esse projeto, batizado de Projeto PP, é um dos residenciais de autoria do escritório de Thais. Formada em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie, abriu o Borboleta Arquitetura há três anos, na Vila Leopoldina, após dezoito anos trabalhando em projetos para o mercado imobiliário, em incorporadoras e construtoras.
Nessa época, Thais teve contato com grandes nomes da arquitetura nacional e refinou o seu olhar para reformas, além de desenvolvimento de edificações. “No início, meu foco era no meio corporativo e comercial, mas veio a pandemia e, hoje, posso dizer que meu foco é residencial de alto padrão”, conta. “Nos meus projetos, gosto que tenha uma unidade visual. Ela permeia a sala, quartos, banheiros, desde os revestimentos como na marcenaria. Mas, às vezes, eu misturo algumas combinações”.
Nesses últimos dois anos, devido à pandemia, enxergou uma mudança nos desejos e expectativas dos clientes que, por permanecerem mais tempo em casa, passaram a olhar com atenção aos defeitos. “Elas já viam até, mas não incomodavam tanto”, relata.
Seus clientes também passaram a se interessar por mais áreas de convívio, para família e amigos, além do home office. “Todo mundo quis reativar aquele quarto que não estava sendo usado”.
Em seus projetos, é possível enxergar uma variação de estilos, dos mais clássicos aos industriais – um encontro bem sucedido do gosto do cliente com a experiência e olhar da arquiteta. “O estilo tem que ser do cliente e não o meu, obviamente dentro de uma estética que eu endosse”, explica.
Essa união chega aos mínimos detalhes, como na escolha de materiais e visitas a lojas. A Portobello aparece como uma das suas marcas favoritas.
“Gosto de trabalhar com a Portobello pelo design e porque eu acho muito fácil de especificar”, disse. “A marca tem uma plataforma onde eu consigo fazer pesquisas de forma fácil, com busca segmentada por materiais. Eu gosto da Portobello Shop Alto da Lapa. É muito difícil eu sair de lá sem algum material escolhido e gosto também da variedade, pois faço algumas misturas não tão óbvias”.
Um exemplo dessas misturas aparece em seu projeto Dona Carolina W1, que está em fase de construção. Localizada na cidade de Itatiba, a 84 quilômetros da capital paulista, a casa de campo recebeu traços urbanos e retos, a pedido dos clientes. Eles queriam fugir da estética campestre.
“A ideia é que tivesse linhas retas, estilo contemporâneo, mas que trouxesse aconchego”, conta Thais. “Usei elementos cinza, ripas de porcelanato Brasília, para reproduzir placas cimentícias. Usei também o revestimento Magma Rock na parte da piscina, área externa, na chaminé, torre e, para esquentar os tons cinzas, eu apliquei amadeirado na fachada também, o Imbuia Clara”.
Essas escolhas de produtos Portobello foram replicadas nos interiores, para coerência e sofisticação de mais um trabalho de Thais.