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MASP: a obra-prima da arquiteta Lina Bo Bardi

O edifício do MASP é um dos grandes ícones da arquitetura modernista brasileira (Foto: mari_arquino)

O Museu de Arte de São Paulo (MASP) se tornou um ícone por ser o primeiro museu moderno do Brasil e ter o acervo de arte europeia mais importante do Hemisfério Sul.

Além de reunir objetos artísticos de diversos períodos, vindos de todos os cantos do mundo, a instituição se destaca pelo impressionante edifício projetado por Lina Bo Bardi.

Continue a leitura para ficar por dentro da história, da arquitetura e do acervo do MASP, além de conferir as informações para programar sua visita!

A história do MASP

Fundado em 1947, o MASP é uma instituição privada sem fins lucrativos. Também é chamado de Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, levando o nome do empresário e mecenas que o idealizou.

Foi ele quem convidou o crítico italiano Pietro Maria Bardi para ser diretor do museu e sua esposa, Lina Bo Bardi, arquiteta naturalizada brasileira, para projetar o novo edifício.

Até a conclusão da construção da atual sede na Avenida Paulista, em 1968, o MASP ficava no centro de São Paulo.

MASP, fachada
Obra modernista icônica abriga um dos mais valiosos acervos de arte do mundo (Foto: Wilfredor)

Por conta das iniciativas ligadas a museologia, formação artística e atuação didática, tornou-se um dos primeiros museus com perfil de centro cultural. Também foi o primeiro museu brasileiro a receber as tendências artísticas do período pós-guerra.

Para fazer jus à sua história e missão, o MASP vai além da difusão de seu acervo. O espaço é usado para realizar diversos encontros e experiências que promovem o diálogo entre culturas, gerações e lugares por meio das artes visuais.

O projeto de Lina Bo Bardi

O edifício do MASP se tornou uma das maiores obras da arquitetura modernista no Brasil.

Como citamos anteriormente, ele fica na Avenida Paulista, em um ponto de onde é possível ver tanto o centro da cidade quanto a Serra da Cantareira.

Quem doou o terreno para a Prefeitura de São Paulo foi o engenheiro que construiu a Avenida Paulista, Joaquim Eugênio de Lima.

Um dos precursores do urbanismo brasileiro, ele fez a doação com a condição de que jamais se construísse um edifício que prejudicasse a visão panorâmica do local.

MASP, construção
Fotografia da construção do museu, datada de 1965
(Foto: Arquivo Histórico de São Paulo)

Por isso, junto do engenheiro José Carlos de Figueiredo Ferraz, Lina Bo Bardi precisava desenvolver um projeto subterrâneo ou suspenso. Eles acabaram optando pelas duas alternativas.

A estrutura do edifício do MASP é formada por um bloco subterrâneo e outro elevado, a 8 m de distância do piso, sustentado por quatro pilares conectados por duas enormes vigas de concreto.

Assim foi criado o maior vão livre do mundo naquela época, com 74 m, pensado para ser usado pela população como uma praça.

Além do concreto, Lina Bo Bardi usou o vidro, criando um edifício com acabamento visualmente simples e leve.

Com cerca de 10 mil m², o museu tem áreas para exposição, pinacoteca, fototeca, biblioteca, auditórios, loja, restaurante, ateliê e espaço administrativo, entre outros.

O acervo de obras e experiências

O MASP conta com uma valiosa coleção de arte ocidental, com destaque para as escolas italiana e francesa.

Possui também diversas obras de arte brasileiras e outras de origem africana, asiática e das Américas, além de peças arqueológicas e artes decorativas.

MASP, subsolo, exposição
Exposição de obras impressionistas no segundo subsolo do museu (Foto: Lucas Bianchi)

No total, a instituição abriga mais de 11 mil obras e uma das maiores bibliotecas de arte do país. Seu acervo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Rompendo com o modelo europeu, Lina Bo Bardi pensou em uma nova forma de expor a coleção no segundo andar do MASP.

Em vez de dispor as peças nas paredes, a arquiteta criou cavaletes de cristal, que oferecem uma narrativa linear ao espectador.

Ao mesmo tempo, aproximam o público das obras, já que é possível contorná-las e escolher o próprio percurso.

MASP, O Escolar, Van Gogh
"O Escolar", de Van Gogh, é uma das obras mundialmente famosas que fazem parte do acervo do MASP (Arte: Vincent van Gogh)

Além do acervo permanente, o museu realiza várias exposições coletivas e individuais ao longo do ano, sempre dando destaque a histórias múltiplas, diversas e inconstantes.

Também fazem parte da programação palestras, seminários, oficinas, cursos e exibição de filmes e vídeos.

O MASP ainda edita publicações, que incluem catálogos de exposições, antologias de palestras e seminários e projetos de restauração de obras.

As visitas ao MASP

MASP, acesso
Os visitantes acessam tanto a parte elevada quanto a subterrânea do MASP por meio das escadas no vão livre
(Foto: Wagner Fontoura)

O MASP funciona de terça-feira a domingo. Não abre apenas às segundas-feiras e nos feriados de Natal e Ano Novo. Em caso de alteração de horário, tudo é comunicado pelas redes sociais da instituição.

Tabela de horários

Os visitantes precisam pagar o ingresso, com exceção de pessoas com deficiência e acompanhantes, amigos MASP e menores de 11 anos.

Às terças-feiras e toda primeira quarta-feira do mês, a entrada é gratuita para o público geral.

Tanto a compra dos ingressos quanto o agendamento da visita devem ser feitos online pelo link masp.org.br/ingressos.

Desde o início da pandemia de Covid-19, o MASP adotou medidas para a segurança de todos e, por isso, o agendamento passou a ser obrigatório, mesmo para os dias gratuitos.

Valores dos ingressos

Independentemente se você já conhece ou não, vale a pena programar um passeio pelo MASP. Além de apreciar a obra-prima da arquiteta Lina Bo Bardi, é possível mergulhar no acervo de obras de arte.

Enquanto isso, se quiser matar a curiosidade, faça um tour virtual pelo Google Arts & Culture!

Foto de destaque: O edifício do MASP é um dos grandes ícones da arquitetura modernista brasileira (Foto: mari_arquino)

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