Promover o bem-estar por meio do cuidado com a natureza e dar significado às coisas. Esse foi o conceito da minha curadoria, passado aos 10 profissionais convidados a desenhar uma estampa inspirada na Mata Atlântica para a marca Artefacto Beach & Country.
A designer têxtil Ana Laet criou um desenho exuberante, onde a selva toda se funde num emaranhado de folhas. O paisagista André Paolielo fez de sua foto um Toile de Jouy da vida selvagem. O arquiteto Arthur Casas traçou um padrão de pixels com um pantone variado de verdes. O artista Dan Fialdini pintou nove espécies de flores nativas. Gaspar Saldanha, também artista, esboçou uma floresta selvagem de bromélias e bambus. Os arquitetos Marcio Kogan + o studio MK27 pesquisaram os cupins e criaram ilustrações muito bem traçadas daqueles insetos fundamentais para o equilíbrio ecológico. O arquiteto carioca Miguel Pinto Guimarães representou a mata numa geometria. O arquiteto Ricardo Bello Dias lembrou do mico-leão-dourado, espécie em extinção, e projetou um cobogó de macaquinhos e folhagens. A arquiteta Tânia Eustáquio representou as gotas de chuva nas plantas por meio de uma aquarela. E, por último, o designer gráfico e publicitário Ucho Carvalho também usou essa técnica, pincelando um bosque surrealista de flores azuis.
Patrimônio natural brasileiro – e Reserva da Biosfera da Unesco –, a Mata Atlântica é um dos cinco pontos mais importantes da biodiversidade do mundo e o bioma mais ameaçado do Brasil. Lugar de extraordinária beleza, atualmente tem grande parte da sua imensa variedade de flora e fauna ameaçada.
A conservação ambiental no Brasil está em pauta e aqui registramos essa urgência e o nosso desejo que a Organização Não Governamental SOS Mata Atlântica siga trabalhando – junto com outras ONGs nacionais –, na promoção do equilíbrio entre a extração necessária para a população residente naquela área e o controle do quanto pode ser retirado sem ferir a natureza.
A degradação da floresta é responsável por 20% da acumulação de gases de efeito estufa na atmosfera e um dos principais contribuintes para o aquecimento global. Se o desmatamento continuar, as florestas tropicais terão desaparecido completamente até 2040.