O Atelier Pistache Ganache, que possui sede em São Paulo, foi o idealizador do novo ecossistema para os produtos da marca Ryzi, dentro do Shopping Cidade Jardim.
A convite da diretora criativa da marca Ryzi, Luiza Mallmann, a equipe da Pistache Ganache ganhou carta branca para a criação da loja que fica no terceiro piso de um dos shoppings mais famosos de São Paulo. O projeto da loja cria um ambiente integrado, destacando a marca dos demais concorrentes dentro do shopping e trazendo uma experiência de compras memorável para o consumidor.
A Ryzi é uma marca brasileira de acessórios em couro que prima pela qualidade no handcraft e usa formas geométricas como identidade estética, resultando em peças únicas e atemporais.
O uso de um só material e o foco do degradê de cores trouxeram para o espaço a ilusão de amplitude. Ao usar somente a cor azul em todo o espaço, seja no piso, nas paredes, nos mobiliários e expositores, a impressão que dá é que a loja parece ser muito maior do que realmente é. Esse artifício é uma ótima solução para os arquitetos e designers que buscam solucionar espaços pequenos, deixando uma sensação de extensão do lugar. O uso de espelhos também são ótimos aliados para esta mesma estratégia.
Os cantos e encontros de paredes e piso foram arredondados para ajudar nesta percepção de espaço ampliado e contínuo, eliminando completamente esquinas e ângulos retos. O degradê azul se dissipa para o branco, formando um horizonte, que muitas vezes se esconde dentro dos shoppings e centos comerciais. É comum ao estar dentro de espaços cobertos e fechados, perder a referência da passagem dos dias. Por isso, o principal conceito da Pistache Ganache foi trazer para dentro do espaço, como plano de fundo da loja, o céu azul.
Outro grande artifício usado pelos designers foi a flexibilidade dos expositores. Os módulos de prateleiras estão fixados por um sistema de trilhos embutidos na parede, permitindo muitas combinações de produtos com diversas dimensões. Isso é importantíssimo para que a loja seja adaptável de acordo com diferentes lançamentos e coleções, sem interferir no design do projeto já implementado, apenas adaptando-o continuamente.
As bolsas também flutuam suspensas pelos suportes presos ao teto, aproveitando o pé direito alto e deixando o ambiente mais dinâmico e interessante ao olhar do consumidor. Estes suportes são tão delicados que, ao manuseá-los, retirando ou colocando uma bolsa, eles dançam, trazendo mais movimento para a parede expositora.
O design da Ryzi nos ensina dois grandes artifícios ao projetar lojas que possuem um espaço pequeno e limitado: trazer a ilusão de amplitude com o uso de somente uma cor e material e a flexibilidade de mobiliários e expositores. Aposte nessa ideia também!