Instalação arquitetônica no parque de esculturas Arte Sella em Trentino
Edoardo Tresoldi é um artista italiano conhecido por jogar com a transparência das redes metálicas, atreladas a materiais industriais, criando um diálogo entre a arte e o mundo. Desde 2013, ele realiza intervenções, concentrando sua pesquisa nos elementos da paisagem. Suas obras foram incluídas em espaços públicos, contextos arqueológicos, festivais e exposições de arte contemporânea e musical.
Sua nova criação, nominada ‘’Simbiosi’’, está instalada no parque de arte Arte Sella, em Trentino, na Itália. O lugar é marcado pelo entrelace da natureza com a arte em projetos de artistas e arquitetos de renome internacional.
O parque é considerado uma montanha contemporânea. Marcado por um processo criativo único, que ao longo de trinta anos viu o encontro de linguagens artísticas, sensibilidades e diferentes inspirações unidas pelo desejo de tecer um diálogo contínuo entre a criatividade e o mundo natural. Gravemente danificado pela tempestade do inverno passado, o Arte Sella conseguiu se levantar e reconstruir a maioria das obras e caminhos, reabrindo ao público recentemente.
Simbiosi representa através da tela de arame a materialidade das pedras locais. A obra é inteiramente aberta para o céu, com um total de 5 metros de altura, compondo um espaço de descanso e contemplação em meio ao parque.
A obra respira o vínculo do parque com as transformações sofridas pela natureza, localizada em uma colina que não existiria se não fosse a tempestade do último ano. Além disso, a natureza, com seu crescimento lento, definirá uma arquitetura nova e adicional: como os outros trabalhos, a instalação se tornará parte do tecido Arte Sella e se fundirá com o parque.
É descrito pelo artista como um organismo vivo e permeável, que cria um canal emocional de comunicação com a natureza. Ao mesmo tempo, os elementos arquitetônicos introduzidos pelo artista tornam-se a chave para a compreensão da paisagem local. A mesma natureza que com o tempo os modificará, definindo uma nova arquitetura.
O projeto parece desafiar a força da gravidade, como uma matéria em suspensão que levita entre o mundo material e o imaterial.
A conexão entre elementos arquitetônicos e naturais é visível, um jogo contínuo de referência definida pela estética da escultura, respondendo ao desejo de interpretar a natureza, estimula uma nova descoberta da paisagem: a poética da ruína lembra aqui a fragilidade humana.
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