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Iluminação zenital: valorize a luz no seu projeto de interiores

A iluminação zenital aproveita a luz do sol para iluminar os ambientes (Projeto: Gabriel Magalhães)

Você já ouviu falar em iluminação zenital? Trata-se de uma tendência cada vez mais valorizada nos projetos de interiores por trazer beleza e sustentabilidade para os ambientes. Inclusive, ficar em casa pode até ser ainda mais confortável com esse tipo de luz.

Desenvolvemos este artigo para que você conheça o assunto com mais profundidade, bem como entenda quais são as melhores práticas para o seu projeto de construção ou reforma. Continue a leitura e tire todas as suas dúvidas!

Afinal, o que é a iluminação zenital e para que ela serve?

Iluminação zenital
"Zenital" vem de "zênite", termo que descreve um fenômeno da astronomia que acontece quando enxergamos um corpo celeste alto (Foto: Skitterphoto)

Na astronomia, a palavra "zênite" significa um ponto interceptado por um eixo, que é traçado a partir da cabeça do observador e se prolonga até a esfera celeste. É o que acontece quando olhamos para o céu e observamos o sol, a lua e as estrelas, por exemplo.

A arquitetura se apropriou desse termo e criou a iluminação zenital, ou seja, que vem do zênite, de cima. Logo, esse nome é dado à técnica utilizada para permitir que a luz natural penetre nos ambientes, por meio de aberturas criadas no teto.

A iluminação zenital serve tanto para fins decorativos quanto funcionais. Ela possibilita criações muito bonitas, mas também pode servir para gerar economia na conta de energia elétrica. Isso é essencial para grandes estabelecimentos, como os shopping centers, que podem ter projetos com uma arquitetura verde.

Quais são os diferentes tipos de iluminação zenital?

A iluminação zenital é classificada em cinco tipos principais: domos, sheds, lanternins, claraboias e átrios. Entenda mais sobre cada um deles a seguir.

Domos

Domo ou cúpula
A cúpula é um tipo de iluminação zenital muito comum em igrejas (Foto: Skitterphoto)

Também conhecidos como cúpulas, os domos são aberturas feitas na parte superior das edificações.

Eles podem ter vários formatos, como quadrado, circular, triangular etc. Tudo depende da coerência estética que se pretende dar ao local.

Além disso, podem ser feitos de diferentes materiais, como o acrílico, o vidro e o policarbonato. Os domos são muito comuns de serem vistos na arquitetura de igrejas e outros templos religiosos.

Sheds

Shed
Os sheds são bastante comuns nos galpões de fábricas (Foto: Pixabay)

Os sheds são aberturas com o formato de dentes de serra, que têm as faces alternadas com pouca iluminação.

A única abertura feita nos sheds é orientada para o sentido sul. A ideia é que a luz solar entre de forma indireta.

Trata-se de uma modalidade que é muito aplicada em galpões de fábricas e indústrias.

Lanternins

Lanternins
Aberturas lanternins se adequam a diversos tipos de ambientes (Projeto: Bruna Caldat Vainer)

Os lanternins são aberturas, geralmente quadradas, que ficam na parte superior do telhado. Além da iluminação, contribuem para o ar circular nos ambientes internos, tornando-os mais confortáveis.

É possível usar os lanternins em residências, empresas etc. A versatilidade do estilo permite que a criatividade seja explorada ao máximo.

Claraboia

A principal característica das claraboias é o formato horizontal (Projeto: Sérgio Coelho)
A principal característica das claraboias é o formato horizontal (Projeto: Sérgio Coelho)

As claraboias são aberturas planas e horizontalizadas. Elas são muito bonitas, mas têm a desvantagem de serem mais difíceis de limpar.

O uso de claraboia é bastante comum em corredores de grandes edificações. A modalidade é pouco explorada em residências, justamente pela dificuldade da manutenção.

Existe ainda a claraboia tubular, que integra um tubo à peça tradicional. Assim, há uma conexão entre o telhado e o teto do ambiente. Essa é uma alternativa para projetos que têm forro.

Átrios

Átrio
A iluminação zenital em átrio é vista em espaços abertos e centrais (Foto: Pixabay)

Os átrios são espaços centrais, que podem ser cobertos com vidro ou não. Eles são comuns para abrigar jardins, áreas verdes, pátios etc.

Geralmente são encontrados em edificações que têm um espaço central entre os prédios.

É o caso de muitas escolas, que adotam esse formato para o pátio, para que os professores ou monitores possam ter uma visão ampla do espaço e acompanhar as atividades dos alunos.

Telhas translúcidas

As telhas translúcidas podem de ser de plástico ou vidro e com cortinas (Projeto: Mariana Pesca)
As telhas translúcidas podem de ser de plástico ou vidro e com cortinas (Projeto: Mariana Pesca)

As telhas translúcidas são fabricadas em plástico ou vidro, sendo totalmente transparentes e possibilitando a entrada da luz.

Ao optar pelo uso dessas telhas, deve-se ter cuidado para que elas não sejam posicionadas em áreas onde as pessoas permanecem muito tempo. Elas absorvem calor em demasia, podendo causar desconforto térmico.Uma solução, como na imagem acima, é aplicar cortinas propícias ao tipo de telha.

Que vantagens ela traz para os ambientes?

Os projetos de iluminação zenital são sustentáveis e contribuem para a saúde das pessoas (Projeto: Bibiana Menegaz)
Os projetos de iluminação zenital são sustentáveis e contribuem para a saúde das pessoas (Projeto: Bibiana Menegaz)

Utilizar a iluminação zenital traz diversos benefícios para os ambientes e também para quem usufrui deles. Confira, a seguir, alguns dos principais.

Melhora da saúde

O contato com a iluminação natural faz com que as pessoas tenham mais saúde e qualidade de vida.

Quando recebem a luz solar, os seres humanos têm estimulada a produção da vitamina D, que é essencial para o bom funcionamento do organismo.

Além disso, o contato com a natureza aumenta os níveis do humor e traz mais vitalidade para os olhos e para a pele.

Os ossos também são fortalecidos, por conta da produção hormonal, que é estimulada.

Economia de energia

Como a iluminação zenital aproveita muito os raios solares, há uma redução nas contas de energia elétrica de residências e empresas. Isso porque não será necessário deixar muitas lâmpadas acesas para manter um ambiente bem iluminado.

Para você ter uma ideia, uma lâmpada fluorescente acessa gasta, em média, R$ 1,44 a cada 8 horas. Pode parecer pouco, mas se colocarmos tudo no papel e somarmos a quantidade gasta em um ano, o valor será bem significativo.

Contribuição para o meio ambiente

A iluminação zenital também é boa para o meio ambiente, tendo em vista que é sustentável.

Ao usarmos a luz artificial, além de gastarmos dinheiro, também contribuímos para o esgotamento de recursos naturais, o que potencializa o aquecimento global.

Projetos que usam a iluminação natural, portanto, são bem mais sustentáveis. A contribuição para o meio ambiente é muito grande.

E as desvantagens?

É preciso ter cuidado para que o sol não estrague objetos do ambiente (Foto: Alexey Suslyakov)
É preciso ter cuidado para que o sol não estrague objetos do ambiente (Foto: Alexey Suslyakov)

Não existem grandes desvantagens no uso da iluminação zenital.

Porém, um ponto negativo pode ser o valor da implementação, já que os gastos com materiais e mão de obra especializada podem ser um pouco maiores que os de projetos tradicionais.

Em alguns casos, a manutenção também é um pouco complicada, por conta da maneira como as peças são posicionadas.

Também conta como ponto negativo a falta de privacidade e o excesso de luz que as áreas abertas podem causar. Por isso, as aberturas devem ser posicionadas em locais que não possam causar constrangimentos para quem estiver no ambiente ou contar com algum tipo de cobertura.

Ainda é preciso ter cuidado para evitar que objetos delicados, que não podem ser expostos ao sol, sejam iluminados diretamente pela luz vinda de fora.

Quais são as melhores práticas de iluminação zenital para os ambientes?

Alguns cuidados devem ser tomados ao executar um projeto com iluminação zenital (Foto: Pixabay)
Alguns cuidados devem ser tomados ao executar um projeto com iluminação zenital (Foto: Pixabay)

Agora é chegada a hora de pôr a mão na massa e desenvolver um projeto de iluminação zenital. Veja algumas dicas com boas ações a serem realizadas.

Faça uma boa análise das condições solares do local

Pelo fato da luz do sol incidir diretamente nos ambientes, pode ser que haja muito ganho térmico no local, principalmente nas estações mais quentes do ano.

Por isso, convém fazer uma boa análise das condições solares do local, para escolher onde aplicar a iluminação zenital.

Se tudo não for muito bem planejado, pode ser que o ambiente fique muito quente e se torne necessário ter muitos gastos de energia com o uso do ar-condicionado.

Escolha materiais adequados

Os materiais utilizados para os espaços transparentes dos telhados podem ser vidro e acrílico, entre outros. No entanto, é preciso ter cuidado e avaliar a forma como cada um deles será utilizado.

Assim, se evitam falhas de aplicação, que podem fazer com que as aberturas não sejam facilmente manipuladas, por exemplo.

Pense sempre na manutenção

Como já comentamos, uma das poucas desvantagens da iluminação zenital é a dificuldade para manutenção. Por isso, é preciso pensar em formas de instalação que facilitem a limpeza das peças.

Assim, você evita ter um ambiente com muita sujeira acumulada, por conta da dificuldade de limpeza. Todas essas questões devem ser pensadas antes do início da execução do projeto.

Gostou de saber mais sobre a iluminação zenital? Se bem trabalhada, essa é uma excelente ideia para os seus projetos, concorda? Pense nisso e veja qual é a melhor maneira de criar belos ambientes sustentáveis.

E para continuar a se inspirar, recomendamos a leitura do nosso artigo que fala sobre porcelanato em relevo para paredes, uma tendência atual e minimalista.

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