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Ice Cream Museum e a onda dos museus "instagramáveis"

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16.09.2019
Começando por Nova York, passando por Miami, Los Angeles e São Francisco, entenda por que o Museum of Ice Cream é um sucesso para os millenials.
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Diferente dos museus tradicionais onde as pessoas não podem tocar nas obras de arte e até tirar fotos, os museus “instagramáveis” são projetados para serem interativos e fotogênicos.

ice cream museum
Detalhe de uma das partes do museu com picolés coloridos no teto

Querendo ou não esse tipo de museu chegou para ficar e vai seguir recebendo milhares de visitantes com a ideia somente de tirar fotos para compartilhar. Alguns críticos de arte podem ficar um pouco irritados com isso, mas devemos ressaltar que esse conceito não começou com o Museum of Ice Cream e, sim, quando Yayoi Kusama criou a instalação artística Infinity Mirror Room com espelhos e pontos de luz.

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Instalação artística Infinity Mirror Room de Yayoi Kusama

Cores vibrantes e iluminação intensa são peças-chave para os museus “instagramáveis” e sua fábrica de selfies. O Museum of Ice Cream abriu em 2016 em Nova York, já passou por Miami, Los Angeles e São Francisco. As paredes são todas pintadas em um tom de rosa claro, casquinhas de sorvetes são penduradas como luminárias, sorvetes gigantes e piscinas feitas de granulado colorido fazem parte da decoração.

Hoje, depois de sua abertura, o Museum of Ice Cream ganhou muita visibilidade no Instagram com mais de 390 mil seguidores e mais de 190 mil imagens compartilhadas com a hashtag #museumoficecream. Mais de 300 mil tickets foram vendidos somente em Nova York e nos 6 meses que está em São Francisco, também nos Estados Unidos, os tickets foram esgotados em menos de 90 minutos.

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Sorvetes gigantes no Museum of Ice Cream

O museu nada mais é que uma série de fundos para poses do Instagram. Uma das salas do museu em São Francisco foi coberto de cerejas gigantes e nuvens de marshmallow. No de Los Angeles caem bananas rosas e amarelas do teto. É só entrar no mundo dos doces e sorvetes, soltar a criatividade e “voilà”: temos uma das instalações mais visitadas do mundo!

Maryellis Bunn é a mente por trás dessa ideia. Bunn afirma que o objetivo inicial do museu não era ser um “influencer” e vai muito além do Instagram. Mas não é de se negar que o tamanho sucesso foi devido a ajudinha dos “likes” e “share” na rede social.

Esse conceito sobre a “cultura do selfie” é muito questionado hoje em dia. Mas não é só trazido pelo Museum of Ice Cream, pois está em todas as ruas, restaurantes, pontos turísticos e no dia a dia das pessoas.

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Piscina feita de granulados coloridos

O Museum of Ice Cream brinca com a interação humana. O objetivo é que quanto mais as pessoas puderem interagir, brincar, tocar, e descobrir o cenário, melhor. Os visitantes escolhem suas roupas especialmente para combinar e fazer parte do cenário, e isso se tornou um gesto completamente autêntico para sua clientela.

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Sorvetes passando por uma esteira móvel no Museum of Ice Cream

A geração de hoje não quer coisas materiais, quer experiências. Essa é a essência que o Museum of Ice Cream considerou para criar seu conceito e valores da marca. Saiba mais sobre ele acessando o seu site agora mesmo!

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Bárbara Cassou
Colunista
Correspondente internacional

Bárbara Cassou, correspondente internacional Portobello em Barcelona Arquiteta e designer, mestre em Retail Design...

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