Tecidos e madeira são os protagonistas da decoração. Mas o estilo rústico também merece destaque e fica muito bem em qualquer ambiente. Seja no campo, na praia ou mesmo na cidade, o rústico sempre cabe bem. Embora poucos saibam, há diferentes modos de assumir a rusticidade.
Não é preciso transformar seu lar urbano numa casa de fazenda. Para enchê-lo de ideias reunimos dez ambientes super bem decorados para você se inspirar.
Tão pequeno quanto aconchegante, o living finlandês mantém-se fiel ao que há de melhor na decoração do norte do planeta. Quase todas as escolhas parecem girar em torno do branco, do preto e da madeira clara e o piso rústico.
Conheça, inspire-se, se apaixone e adote. Com o estilo rústico, não tem erro!
O ambiente é a casa da chef carioca Zazá Piereck, dona do Zazá Bistrô. Uma mistura de tapetes marroquinos e pufes indianos, com bancos de Tiradentes e papéis de parede da Espanha. Para apimentar, uma pitada de quadros vindos diretamente da China com plantas escolhidas por Burle Marx e retratos de família no Peru, Bolívia ou deserto de Omã entre enfeites trazidos da Grécia e do México. Perfeito.
Os defeitos, como a ferrugem e a irregularidade do acabamento, foram transformados em virtude. Neste ambiente a madeira é o carro-chefe. O piso rústico foi feito com tábuas de demolição vindas do interior de Minas e o revestimento do telhado de taubilhas – telhas artesanais, fatiadas no machado, reaproveitando sobras de madeiras – foi recuperado na região. As portas e os portais, que eram de uma casa de fazenda, carregam o desgaste da pintura e da matéria impostos pelo tempo. Pela casa há muitos elementos resgatados ou reciclados.
Uma temática que paira entre o industrial feminino e o rústico moderno dá o tom a este lar norueguês. A sala de jantar, por exemplo, está repleta de opostos complementares, ou mesmo, contrastes. Se a cozinha é prática, ela também é bela. Se é ampla, com o uso de acessórios charmosos, faz-se aconchegante. É evidente que o branco domina a cena, mas há pequenas tonalidades dissonantes em meio à composição que garantem no olhar do espectador uma tensão positiva, prendendo-lhe a atenção. É o caso das peças cor-de-rosa: a banqueta e o candelabro de cinco velas.
Reciclagem, este é o espírito. Todo mundo já está careca de saber que precisamos ser sustentáveis e reaproveitar tudo. Na reforma deste apartamento em Bilbao, na Espanha, ficaram à mostra as estruturas arquitetônicas originais do imóvel. Paredes com tijolos aparentes pintados de branco dialogam com as vigas horizontais também aparentes e pintadas no mesmo tom, que dão um toque rústico ao ambiente. O piso rústico de carvalho recebeu uma demão de verniz fosco.
Na casa em Vorarlberg, Áustria, a madeira mais uma vez a estrela da decoração. Sessenta árvores foram usadas para revestir o exterior e interior do lar, incluindo nesta conta a madeira empregada em portas e móveis. A estrutura de concreto, visível em alguns lados da cozinha, interrompe o tom claro da madeira, conferindo maior riqueza visual à composição. A configuração arquitetônica do ambiente remete aos típicos desenhos infantis, com base baixa e generoso telhado de duas águas.
Esta casa é de um grande conhecido de quem curte levar uma vida saudável. Na casa de Alex Atala, em São Paulo, a caça e a pesca são temas constantes, como nas flechas que compõem um candelabro de cristal ou em uma pele da zebra caçada na África que ancora cadeiras de Zanine Caldas e um sofá Chesterfield. Uma das principais fontes de inspiração de sua cozinha, a Amazônia se faz presente tanto na parede amarela azulejada do lavabo, com gravuras de tucanos e um imenso colar de penas vermelhas, quanto na entrada da casa, onde um tecido pintado à mão reproduz pinturas corporais dos caiapós.
A casa de praia de Mónica Penaguião, em Paraty, no litoral fluminense, segue o conceito open-space: sem divisórias entre sala e cozinha ou banheiro e quarto. Com amplas aberturas para o verde, a distância entre a arquitetura e a natureza é estreita. O projeto tem um quê de Indonésia ou das Filipinas com estilo mediterrâneo.
Trata-se de uma antiga sala de fundição de 600 m² do prédio. A abundância da luz natural tem enorme influência no trabalho do fotógrafo, como também na amplidão do loft. Já as vigas de ferro, o forro de madeira no teto, os tijolos aparentes e o generoso pé-direito reforçam o aspecto industrial da decoração. O mobiliário era composto por peças garimpadas em brechós e antiquários do mundo todo. Hoje o lugar é o Centro Cultural King Plow.
Nesta casa na Praia do Marahu, com 200 m² de área construída teve-se o cuidado de se utilizar ao máximo as madeiras de demolição, que pertenceram a antigas construções. As cores genuinamente nacionais aparecem em profusão nesta decoração em tom tropicalista, como deve ser em uma região equatorial. Pela casa ilustram algumas paredes pinturas de um artista local com motivos da flora e da fauna.
Materiais sustentáveis e métodos tradicionais de construção entraram em ação. Muito da matéria-prima empregada era reciclada ou foi encontrada na própria fazenda. O design de interiores, assinado pelo Studio Viva Vida, mistura cores fortes, em móveis modernos, com peças vintage, tudo contra um pano de fundo rústico, ora em madeira, ora em tijolos.
Bacana a decoração mais simples e rústica, não acha?
É a sua casa com estilo único!
Até mais, pessoal!