Mostra em homenagem a Donatello, mestre do Renascimento
A Fundação Palazzo Strozzi e o Museu Bargello apresentam Donatello - O Renascimento, uma exposição histórica e imperdível que visa reconstruir a extraordinária jornada de um dos mais importantes e influentes mestres da arte italiana de todos os tempos - em comparação com obras-primas de artistas como Brunelleschi, Masaccio, Andrea Mantegna, Giovanni Bellini, Rafael e Michelangelo.
Donatello (1386-1466), nascido em Florença, foi um escultor italiano, um dos grandes artistas da arte renascentista. Vale ressaltar que o político, banqueiro e amante das artes, Cosimo de Médici, foi o Mecenas que financiou alguns trabalhos de Donatello, do qual se destaca a estátua em bronze de David.
Suas obras estão distribuídas por diversas cidades italianas, país onde rapidamente o artista ganhou reconhecimento e fama. É notório em suas esculturas a presença de características da arte realista, a qual mostra com precisão os rostos e as posições dos corpos, atributo adquirido por ser um dos alunos e seguidores do grande Lorenzo Ghiberti.
Com curadoria de Francesco Caglioti, professor titular de História da Arte Medieval na Scuola Normale Superiore de Pisa, a exposição abriga mais de 130 obras, entre esculturas, pinturas e desenhos, com empréstimos únicos - alguns dos quais nunca antes concedidos - provenientes de quase sessenta museus e instituições mais importantes do mundo.
A mostra oferece uma viagem pela vida e fortuna do "mestre dos mestres". Considerado um supremo escultor do século XV, Donatello deu início ao extraordinário período do Renascimento, propondo novas ideias e soluções figurativas que marcaram para sempre a história da arte ocidental.
Através de suas obras, Donatello regenera a própria ideia de escultura, combinando as descobertas sobre a perspectiva e a dimensão psicológica da arte, abraçando em toda a sua profundidade as mais diversas formas de emoções.
No Palazzo Strozzi, a exposição reconstrói o itinerário artístico de Donatello através de cem obras-primas como o David, em mármore, e o Love-Attis, do Museu Bargello – também localizado em Florença - os Espíritos do Pérgamo, da Catedral de Prato, os bronzes do altar-mor da Basílica de Sant' Antonio em Pádua.
Além dessas citadas, inúmeras obras vieram também emprestadas dos museus mais importantes do mundo, como o Louvre, em Paris, e o Metropolitan Museum, em Nova York.
Pela primeira vez na história, as obras vêm fora de seu contexto original, como o famoso Banquete de Herodes da pia batismal de Siena e as extraordinárias portas da Antiga Sacristia de San Lorenzo, em Florença, que representam algumas das quatorze restaurações realizadas em conexão com a exposição.
A exposição continuará no Museu Nacional Bargello no Salão Donatello, que abriga, entre outros, o San Giorgio e o David em bronze, em diálogo com outras obras famosas. As últimas seções da exposição ilustram a influência fundamental que Donatello teve na obra de artistas do Caminho Moderno.
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