Centro de eventos de 24 mil m² é destaque no portfólio do arquiteto Luiz Octávio
O projeto de arquitetura vai muito além da parte estética. Quando é concebido, deve se levar em conta todas as particularidades e necessidades do cliente, fazendo dele um trabalho único e exclusivo. São estudadas situações de alinhamento, de estrutura, locais para instalações hidráulicas e elétricas, ventilação natural, posição solar, fatores que no momento da execução da obra vão trazer efetividade e economia de materiais. Com experiência de mais de 300 projetos no currículo, o arquiteto Luiz Octavio Almeida de Oliveira não abre mão de todos esses detalhes para conquistar um bom resultado. “O fato do projeto ser personalizado, garante ao proprietário uma satisfação pessoal, pois a nossa ideia é levar para o papel (e, posteriormente para a execução), todos os sonhos e expectativas do cliente”, afirma ele.
Nascido na cidade de São Paulo, aos 7 anos ele mudou-se com a família para Bauru, no interior do estado de São Paulo. Aos 15, já trabalhava como desenhista no escritório do pai, José Roberto Eleutério de Oliveira, que atua como engenheiro civil. Buscando ampliar sua experiência profissional, Luiz Octávio mudou-se para Florianópolis em 2006, e hoje ele contabiliza em sua trajetória projetos de residencias, cozinhas industriais, edifícios comerciais e residenciais, teatros, auditórios, centro de eventos, hospitais, clínicas, unidades de pronto atendimento, escolas, universidades, academias, asilos, parques aquáticos, prédios institucionais, galpões industriais e para depósitos, além de loteamentos e posto de combustível.
Projetos
Inaugurada em 2018, a Arena Petry, localizada em São José - região da grande Florianópolis -, é uma das obras mais recentes do profissional. Com aproximadamente 24 mil m², entre estudos, projetos e execução, ela durou cerca de oito anos. Responsável pela parte arquitetônica, paisagística e toda a administração de obra, Luiz Octávio conta que a expectativa dos proprietários, que já eram donos de um outro Centro de Eventos na região (de porte menor), era construir um local onde pudessem ter vários eventos acontecendo de forma simultânea, sem que um interferisse no outro, mas ao mesmo tempo que todo esse espaço pudesse ser integrado para que fosse realizado um único espetáculo.
A solução foi separar os ambientes com divisórias retráteis acústicas que chegam a isolar até 56 decibéis. Essas divisórias quando acionadas dividem a Arena em 11 ambientes (o menor com 500 m²), isolados entre si acusticamente, com instalações de cozinha, banheiros e acessos independentes e todos acessíveis, e na ocasião de um grande evento, as divisórias são recolhidas para depósitos (por meio de trilhos no teto), abrindo todos os ambientes para o palco principal, transformando as 11 salas em um único grande salão.
Foi uma obra estudada em todos os detalhes, principalmente com base na experiência dos proprietários no centro de eventos de menor porte. O arquiteto explica, por exemplo, que os sanitários femininos geravam muita fila no outro empreendimento, e boa parte dessa fila acontecia porque as mulheres queriam ir ao espelho se maquiar e tirar fotos. “Resolvi isso criando uma antessala no sanitário feminino com vários espelhos de corpo inteiro, lustre personalizado, cerâmica de alto padrão, assim a parte com os sanitários flui rápido”, pontua.
Com capacidade para comportar 17 mil pessoas, o projeto recebeu atenção especial. Acompanhado de um dos proprietários da Arena, Luiz Octávio foi à China e Dubai para visitar empreendimentos desse porte, para que nessa obra fossem empregadas tecnologias inéditas no país, como por exemplo, a climatização que integra três sistemas diferentes de forma automatizada. Outra medida foi a instalação de claraboias de extração de fumaça localizadas na pista principal, que em caso de incêndio, o teto se abre automaticamente para não ter acúmulo de fumaça. O palco também é um dos maiores do país com 24 metros de frente, 15 metros de profundidade, 16 metros de altura de boca de cena e 22 metros de altura interna. A estrutura - que pode receber qualquer tipo de espetáculo -, foi preparada para suportar 27 toneladas de equipamentos suspensos.
Um empreendimento desse porte, além de elegante exigia funcionalidade no quesito manutenção e limpeza. Por isso, Luiz Octávio optou pela instalação do revestimento Nero Venato (Marmi Clássico), nas paredes do hall de entrada e na parte frontal do palco. No chão, a versão City Fendi - Linha City -, garantiu harmonia ao projeto. A área de circulação dos camarotes, nos terraços do primeiro e segundo piso, foi revestida com a Linha Ecollection - versão Pau Brasil EXT. Nas salas laterais e no restaurante, o arquiteto preferiu aplicar o modelo Mineral Portland (Mineral). No banheiro feminino, as Linhas Les Roches - versão Agata Nacre -, Star - versão Star Mix Copper - e Mineral - versão Mineral nude -, trouxeram a elegância que o profissional buscava. Já no banheiro masculino, os revestimentos Mineral Black (Mineral), Gris Armani (Marmi Clássico) e Tangram conquistaram personalidade ao ambiente. Por fim, nos mezaninos, as versões Mineral Fendi (pista) e Mineral Black (restaurante), completaram a escolha dos materiais.
O arquiteto destaca outros dois trabalhos importantes no seu currículo. Um deles, uma cozinha industrial com refeitório para a Marinha do Brasil, na Base Naval de Aratu , localizada em Salvador, na Bahia. Com capacidade para 8 mil pessoas, o projeto tem a forma de uma âncora. Outro trabalho que merece destaque, é uma unidade do IFSC, que atende especificamente deficientes auditivos. O anfiteatro foi preparado para apresentações, onde o palco tem um sistema que vai batendo nele o ritmo da música, assim as pessoas com deficiência conseguem acompanhar e se apresentar pela vibração.
Luiz Octavio reforça que atualmente, para se destacar no mercado profissional, a dedicação deve ser intensa. Para ele, o trabalho está cada vez mais competitivo e cada dia novas tecnologias surgem, então, o profissional precisa se manter atualizado, e sempre que possível, buscar ampliar o conhecimento em outras áreas também. “No caso de uma administração e projeto de obra, às vezes temos cerca de 20 equipes diferentes trabalhando ao mesmo tempo, diariamente cada uma dessas equipes têm pelo menos um problema (que precisa ser resolvido com urgência). Por isso, quem está administrando tem que ser bem criterioso na escolha das equipes e principalmente, na especificação dos materiais, para que esses problemas não se multipliquem durante a obra”, finaliza.
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Conheci a Arena Petri, é é realmente uma obra muito bem arquitetada, com preocupação com detalhes, que além de funcionais, são de bom gosto. Projeto e execução de muita competência!!!
Estive em momentos especiais na Arena Petry. Realmente o estado final da obra exigiu denodo e muita competência dos profissionais que projetaram, executaram e acompanharam o projeto. Parabéns à família Petry e a todos que executaram um projeto, que nada mais é de que um belo sonho que se materializou.
Olá Sizenando!!!
Muito obrigada pelo seu comentário! Realmente ficou uma obra espetacular, estão todos de parabéns. Para nós, é uma satisfação compartilhar com os leitores.
Continue nos acompanhando.
Abraços,
Equipe Archtrends
Olá Maria Olívia!
Realmente é incrível, ficamos fãs do projeto.
Obrigada por nos acompanhar!
Abraços,
Equipe Archtrends
Linda, não é mesmo, Maria Olivia!
Muito obrigada por nos acompanhar!
Abraços,
Equipe Archtrends