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Banksy: da “street art” para dentro de casa

Banksy é famoso por sua arte de rua, os célebres grafites ou street art presentes em várias cidades pelo mundo, sempre com um viés irônico ou sociopolítico. Em Londres, por exemplo, é possível ver um mapa indicando um caminho que passa por todas as suas obras. O britânico, contudo, mantém sua identidade oculta da imprensa e todos desconhecem a verdadeira figura por trás do nome. E ele ressalta: “Eu nunca tive interesse em revelar-me. Eu acho que já há suficientes ‘donos da verdade’ mostrando sua cara feia na frente de vocês”.

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Crítica que o artista faz sobre o sistema de vigilância (Foto: Barbara Cassou)

Entre suas obras mais famosas, estão “Girl with Balloon”, “Beanfield” e “Keep it real”. A maior parte das vezes usa figuras de ratos, policiais, soldados e macacos para abordar um tema político ou fazer algum tipo de crítica. As reproduções originais fora das ruas, feitas em lona, papel e madeira, também ganharam espaço e, hoje em dia, são foco de muitos colecionadores.

O Museu do Moco em Amsterdam, palco de uma grande exposição, reúne várias delas no intuito de levar a essência do artista mais para perto dos visitantes. Está localizado no Museumplein, bairro turístico em Amsterdam que concentra os maiores e mais importantes museus da cidade, entre eles, há o museu Van Gogh, o Stedelijk (projetado por Benthem Crouwel) e o Rijksmuseum (onde ficam as letras “I Amsterdam”).

O edifício do Museu Moco é uma antiga townhouse construída em 1904 que passou a ser considerado um museu-butique. Conta com uma ótima curadoria de arte moderna e contemporânea focada em expor artistas com visão própria.

Além de Banksy, já passaram por ali obras de Andy Warhol e Roy Lichtenstein, que também usam a ironia para criticar a sociedade moderna.

A exposição de Banksy em Amsterdam conta com diversas obras, algumas resgatadas de edifícios demolidos e outras de colecionadores, feitas a partir de peças de madeira e lona.

“Girl with balloon” foi criada em 2003 e se tornou uma das imagens mais icônicas do século XXI. O seu sucesso é evidenciado na facilidade com que a cena foi compartilhada e reproduzida on-line pela nova geração. Depois disso, os grafites não sobreviveram nas ruas de Londres. O que restou foi a série atual de peças impressas em tela, lançadas pelo artista no ano seguinte como último testemunho da obra.

Obra “Keep it real” na exposição (Foto: Barbara Cassou)

Sua popularidade foi tanta que ganhou a votação de “Arte Britânica favorita”, deixando para trás quadros como “The Hay Wain” e “The Fighting Temeraire” — ambas obras antigas do Romantismo. O contraditório disso é perceber que um artista que trabalha contra e por fora do sistema seja considerado um dos mais importantes em toda a coleção de arte britânica.

A obra “Girl with balloon” é admirada por carregar um sentimento de liberdade e esperança por trás da imagem.

Obra “Girl with balloon” dentro do museu (Foto: Barbara Cassou)
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Obra “Kids on guns” retirada de um edifício demolido (Foto: Barbara Cassou)

Essas peças reproduzidas por Banksy em madeira, papel e lona aproximaram o público de sua arte. Ela era “intocável” nas ruas, mas, agora, colecionadores trazem as obras para dentro de casa — o que proporciona um ar urbano e industrial aos projetos de interiores.

A exposição fica aberta até janeiro de 2019 e tem 50 obras originais do artista, entre elas “Girl with Balloon”, “Kids on Guns”, “Keep it real” e “Flower Thrower”.

E você, usaria um grafite em um projeto de interior? Conhece outras referências semelhantes? Deixe um comentário e compartilhe sua experiência!

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