Compartilhamos recentemente com vocês uma instalação artística de JR na fachada do famoso Palazzo Strozzi no centro de Florença, na Itália. La Ferita é uma obra que além de instigante nos faz refletir sobre a cultura durante o período pandêmico.
Com a liberação da abertura dos museus em toda a Itália, o renomadíssimo Strozzi abriu suas portas preparando uma mostra imperdível que nos conta a história da arte moderna dos Estados Unidos da América, uma abordagem de 1961 a 2001.
São mais de mais de 80 obras de 53 artistas diferentes como Andy Warhol, Mark Rothko, Louise Nevelson, Bruce Nauman, Barbara Kruger, Cindy Sherman, Frank Stella, Matthew Barney, Kara Walker, entre outros - alguns deles pela primeira vez na Itália, graças à colaboração com o Walker Art Center em Minneapolis.
A curadoria ficou por conta de Vincenzo de Bellis e Arturo Galansino e toda a exposição testemunha a multifacetada produção artística norte-americana. Ao entrar nas salas do museu nos deparamos com uma verdadeira e extraordinária viagem por obras importantes e icônicas que marcaram a arte norte-americana desde o início da Guerra do Vietnã até o ataque de 11 de setembro de 2001.
Da Pop Art ao minimalismo, da arte conceitual à geração de imagens, até as pesquisas mais recentes dos anos 1990 e 2000: são diversas pinturas, fotografias, materiais de vídeo, arte, fotografias e instalações, que propõem uma releitura inédita de quarenta anos de história, abordando questões como o desenvolvimento da sociedade de consumo, a contaminação entre as artes, o feminismo, as lutas pelos direitos civis, entre outros movimentos.
Num percurso que oferece tantas obras, a atenção especial é dada a algumas figuras-chave destes quarenta anos. O artista central é com certeza Andy Warhol, que apresenta 12 obras, incluindo o famoso Sixteen Jackies (1964), dedicado a Jackie Kennedy após a morte de JFK.
A grande temporada dos anos 60 é testemunhada por obras de mestres como Donald Judd, Bruce Nauman, John Baldessari, figuras que se tornam referências para as gerações subsequentes de artistas. Estes incluem a reflexão sobre a figura da mulher por Cindy Sherman, as apropriações do mundo da publicidade por Richard Prince e Barbara Kruger, a denúncia do estigma da AIDS por Felix Gonzalez-Torres ou as perturbadoras narrativas pós-humanas de Matthew Barney, apresentadas de forma inédita.
Um foco especial é dedicado às pesquisas mais recentes dos anos 1990 e 2000, incluindo figuras de referência para a comunidade afro-americana, como Kerry James Marshall e Kara Walker, onde uma ampla seleção de trabalhos em vídeo e desenhos é oferecida ao público.
Ficou nítida a demanda por arte após um período em que o acesso a ela estava um pouco restrito - a necessidade de interagir com esses elementos é tão grande que estamos vendo uma busca incessante da parte dos museus por grandes obras, exposições e inovação, da parte dos admiradores e consumidores de arte pelo fato de estarem enchendo novamente os corredores desses lugares incríveis.
A exposição de arte moderna esteve aberta ao público até o dia 29 de agosto de 2021.
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