Desde a era medieval, a arquitetura inglesa vem evoluindo ao longo do tempo. Guerras, revoluções e a presença da monarquia britânica influenciaram diretamente no que é visto nas ruas das principais cidades da Inglaterra.
A arquitetura inglesa caminha lado a lado com toda a história do país. Ambas foram diretamente moldadas por conflitos civis, guerras, revoluções e todo o contexto histórico passado nas terras da rainha.
Dos monumentos pré-históricos, como o Stonehenge, passando por obras grandiosas da era medieval e chegando às construções ultramodernas, como o The Shard, todos fazem com que a arquitetura seja protagonista de um dos países mais importantes do mundo.
Não há uma sequência temporal, com divisões claras entre períodos e estilos arquitetônicos usados no país. Filosofias e diversas construções se mesclam em diferentes épocas.
A era medieval trazia traços e estilos da era romana. Já o período vitoriano uniu a arquitetura do ferro ao conservadorismo burguês. A combinação entre passado histórico e período contemporâneo sempre existiu e estará presente na Inglaterra.
Trata-se de uma mistura da preservação de memórias com a natural evolução da humanidade e tudo aquilo que cresce junto à nação, aliada à personalidade e ao estilo inglês. Continue a leitura para saber mais!
A modernidade no tradicionalismo da arquitetura inglesa
Andando pelas ruas de qualquer grande cidade do país, é possível fazer uma viagem ao tempo sem sair do lugar. É comum vermos, de um lado de uma rua, uma igreja ou catedral da era medieval e, do outro, uma construção moderna, que alia tecnologia e sustentabilidade em uma mesma obra.
De Liverpool a Southampton; de Cumbria a Brighton e, obviamente, em Londres, essa é uma característica arquitetônica presente em todos os cantos do país. O tradicionalismo está no sangue inglês.
A população tem orgulho do que a moldou ao longo do tempo. E uma maneira de manter esse orgulho é preservar o seu passado e sua história, seja na memória de cada cidadão, seja por meio das construções que sobreviveram a guerras, incêndios e fenômenos naturais.
O apreço à tradição é tão grande que, em Londres, há grupos que lutam para que haja uma redução no volume de construções de arranha-céus. O objetivo é que seu horizonte permaneça “limpo” e o estilo tradicional seja preservado.
Os arranha-céus fazem parte da era contemporânea da arquitetura na capital inglesa. Entre os diversos edifícios já existentes, alguns se destacam por certa ousadia no design e no estilo arquitetônico, que fogem do padrão histórico inglês e dão uma nova cara para diferentes regiões da cidade. Os mais famosos são:
- The Shard: com 310 metros de altura, é o edifício mais alto da Europa ocidental;
- 30 St Mary Axe: chamado pelos ingleses de “The Gherkin” (pepino, em inglês), é famoso pelo seu formato parecido ao de um pepino, sendo facilmente reconhecido no horizonte londrino;
- 20 Fenchurch Street: é o 12º edifício mais alto de Londres. Também é famoso por seu formato e, por isso, é chamado de “The Walkie-Talkie”;
- 122 Leadenhall Street: oficialmente chamado de Leadenhall Building, o prédio também figura entre os mais altos da capital inglesa e é carinhosamente apelidado de “The Cheesegrater”, por seu formato parecido ao de um ralador de queijo.
Outras construções de arquitetos de características e perfis ousados e inovadores também marcam presença em outras cidades. E o estilo não é identificado apenas em edifícios.
Estádios de futebol e rugby, arenas para concertos, prefeituras, pontes e diversos tipos de obras também têm esse estilo — que alia tecnologia e inovação, destoando do contexto das construções mais históricas da Inglaterra.
O tradicionalismo na era atual da Inglaterra
Mesmo com a crescente demanda por edifícios altíssimos e modernos nas cidades, a história não é deixada de lado: o povo inglês faz questão de preservá-la. E ela pode estar guardada nas próprias construções espalhadas por todo o país.
Perto dos prédios e das pontes recentemente construídas, é possível encontrar igrejas, casas e monumentos que foram palcos de eventos importantíssimos na história da humanidade. Podemos citar alguns bem famosos:
The Westminster Palace
De estilo gótico, trata-se de uma das construções mais famosas do mundo. Atualmente, é a sede do Parlamento inglês, mas já foi residência de vários reis em outras eras. A obra também sofreu diversos incidentes e passou por inúmeras reformas.
A arquitetura gótica foi escolhida por incorporar os valores conservadores da história do país. A Elizabeth Tower também faz parte do palácio. É nela que está o famoso Big Ben, sino que marca suas badaladas de hora em hora em Londres.
Abadia de Westminster
A Igreja do Colegiado de São Pedro é a mais importante de Londres. Ela foi construída no ano de 1050 e é o local em que os monarcas do Reino Unido são coroados.
Saint Paul’s Cathedral
A Catedral de São Paulo teve sua primeira construção realizada no ano de 604. O local, porém, passou por diversos incidentes, inclusive as grandes guerras mundiais.
As reformas fazem parte de seu passado, assim como os eventos marcantes, sendo o casamento do Príncipe Charles com Lady Diana um dos exemplos. De estilo neoclássico, é a segunda maior catedral do mundo.
Royal Albert Hall
Inaugurado em 1871, pela rainha Vitória, o edifício sempre foi utilizado para eventos culturais. Concertos, exposições e memoriais fazem parte da história do local. De formato elíptico e com bastante uso do tijolo em terracota, é uma obra que caracteriza bem a era vitoriana.
Museu de História Natural de Londres
Outro grande marco da era vitoriana, a obra foi inteiramente construída em terracota, para suportar o clima londrino. É um dos maiores exemplos da arquitetura românica britânica, caracterizado pela robustez, por paredes grossas e janelas pequenas. É o estilo que antecedeu o gótico.
Como se pode notar, a Inglaterra, principalmente representada por sua capital, é caracterizada por um estilo arquitetônico que mistura diversas naturezas e épocas. Tal composição garante personalidade, charme e elegância a qualquer ambiente.
A influência inglesa no Brasil
Dizem que o Brasil é o país do futebol. De fato, é. O esporte é a paixão nacional de grande parte da população. Também, pudera: além de ter a seleção pentacampeã na Copa do Mundo, os jogadores brasileiros tornaram-se verdadeiros produtos de exportação. Desde sempre, os melhores do Brasil vão para terras estrangeiras desfilar seus talentos.
Mas o país do futebol é mesmo a Inglaterra. Foi lá que surgiu o esporte que, hoje, é o mais popular de todo o mundo (e muito conhecido no Brasil). Pode-se dizer que essa talvez seja a maior influência dos ingleses no Brasil. Entretanto, outros fatores culturais, artísticos, industriais e econômicos também tiveram (e ainda têm) forte influência em terras tupiniquins.
Os ingleses foram os responsáveis por trazer as ferrovias para o Brasil e pela estrutura da iluminação pública e das faixas de pedestres. O planejamento dos bairros e a simetria das ruas também vieram da Inglaterra.
O distrito de Paranapiacaba reflete muito bem todas essas influências. Localizada na cidade de Santo André, no ABC paulista, a vila foi construída por uma companhia inglesa em 1860. Suas ferrovias, o estilo das casas e a arquitetura são considerados um patrimônio histórico nacional.
A arquitetura inglesa serviu (e ainda serve) de inspiração para arquitetos, engenheiros e diversos profissionais em todo o mundo. No Brasil, obras como o Teatro José de Alencar, em Fortaleza, e a Estação da Luz, em São Paulo, são exemplos claros disso.
Mas a influência vai além de grandes obras municipais. Cada vez mais, arquitetos estão utilizando referências inglesas para o desenvolvimento e a execução de projetos residenciais.
Os pisos em calcário (ou limestone) são comuns na região de Cumbria, no nordeste da Inglaterra, e têm sido muito utilizados em obras com um tom elegante e minimalista. Suas cores claras reproduzem bem a essência da arquitetura inglesa, com tradição e modernidade na composição de um ambiente único.
Caso tenha se interessado pela arquitetura inglesa e queira dar um toque elegante e moderno aos seus projetos, entre em contato com a Portobello e conheça a linha Burlington. Até a próxima!