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Arcos da Lapa: conheça a história por trás desse projeto

arcos da lapa

(Imagem: divulgação)

Das novelas ao cinema, os Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, não serviram apenas como pano de fundo para enredos fictícios. Eles são símbolo da história de um Brasil diferente do atual e representam um marco da arquitetura colonial no país.

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Os Arcos da Lapa, também conhecidos como Aqueduto da Carioca, foram construídos no século XVIII, entre os anos de 1725 e 1744. O objetivo da obra era transportar a água da nascente do Rio Carioca até o Largo da Carioca, a fim de abastecer a população da cidade.

Sua primeira estrutura foi feita com canos de ferro, mas logo foi trocada porque o material não resistia às condições e sofria corrosões. Tal fator fez com que o Conde de Bobadela — Gomes Freire de Andrade, o governador da época — ordenasse a reconstrução dos Arcos. Dessa vez, com materiais mais resistentes, sólidos e seguros.

Pedra e cal foram as matérias-primas mais usadas para reerguer o Aqueduto. Misturadas ao óleo de baleia, produziam uma liga de concreto extremamente resistente. Esse composto era a principal base da construção civil da época, bastante utilizado por todo o país em obras de fortes, igrejas e outras edificações que precisavam ser robustas.

A arquitetura do Brasil no período colonial

Arcos da Lapa - Rio de Janeiro
Arcos da Lapa visto de perto - Rio de Janeiro

A arquitetura de um país é definida por sua história e herança. Por isso, desvendar o estilo de determinada região costuma revelar muito sobre ela. Toda essa trajetória cultural pode e deve ser preservada e contada por meio do turismo.

O Brasil foi colonizado pelos exploradores portugueses há muitos séculos. Sua cultura influenciou o desenvolvimento do país e do povo brasileiro e continua presente, podendo ser vista e apreciada em forma de obras que permaneceram inteiras ao longo de todos esses anos. Trata-se da arquitetura colonial, que trouxe às terras e construções brasileiras um ar charmoso e elegante.

A arquitetura colonial surgiu no Brasil logo após o período do descobrimento, em 1500, e perdurou até a primeira metade do século XIX, aproximadamente. Foram mais de 300 anos de colonização portuguesa. Tempo suficiente para que os colonizadores implantassem e consolidassem toda a sua cultura, costumes, religiões e, é claro, a sua arquitetura em nossas terras.

Entre as cidades que carregam o estilo colonial, algumas se destacam por manterem o mesmo DNA criado durante a época em que os portugueses chegaram. Como exemplos, podemos citar:

Diversas outras localidades também carregam e preservam, de alguma forma, obras do período colonial — como os próprios Arcos da Lapa no Rio de Janeiro e diversas outras construções espalhadas pela cidade e por todo o país, de norte a sul.

A arquitetura colonial no Brasil é bastante representativa e garante uma experiência memorável, que reflete com clareza a transposição dos princípios históricos europeus (principalmente ibérico, e mais ainda, português) em uma outra realidade.

Além dos arquitetos, engenheiros e artistas portugueses, a arquitetura desenvolvida ao longo do tempo no Brasil também contou com a mão de obra africana e suas influências culturais, que tiveram um papel relevante na criação da identidade visual das construções.

Atualmente, são a prova de que, para ser um bom arquiteto, é importante olhar, sentir e ir além dos limites da profissão e buscar inspiração na história e nas riquezas que temos, a fim de extrair o máximo da expertise técnica.

Os Arcos da Lapa e seu poder turístico

arcos da lapa
Visão ampla dos Arcos da Lapa - Rio de Janeiro

Os Arcos da Lapa estão na lista de atrações turísticas mais badaladas do Rio de Janeiro. Trata-se de um dos cartões-postais da cidade e um ícone que representa o Rio Antigo, e traz consigo toda a história e fama boêmia da Lapa.

Datado da era colonial, a estrutura de pedra e argamassa tem estilo romano. De cor branca bem intensa — tom conhecido como "caiado" —, o aqueduto é considerado uma das construções arquitetônicas de maior porte realizadas no país no período colonial.

São 42 arcos duplos que compõem toda a estrutura, que tem 17,6 metros de altura e 270 metros de comprimento, estendendo-se do morro de Santa Teresa até o Convento das Carmelitas. A obra foi feita em uma tentativa de resolver a falta de água na cidade do Rio de Janeiro. Porém, em seu início, foi em vão, porque a colocação de canos só começou um século depois.

Em 1896, o Aqueduto da Carioca passou a ser utilizado como via para os bondes da cidade, o principal meio de acesso do centro ao bairro de Santa Teresa na época. E até hoje essa rota é utilizada no transporte de turistas e dos próprios cariocas.

A inauguração aconteceu em 1950. A obra, apesar de ser a protagonista das atrações turísticas na região da Lapa, não está sozinha, muito ao contrário. Está muito bem-acompanhada de outras locações e atividades interessantes para turistas. Veja alguns exemplos:

Arcos da Lapa - Rio de Janeiro
Arcos da Lapa com o bondinho passando - Rio de Janeiro

Além dessas e de outras atrações turísticas, o bairro da Lapa também é recheado de bares e restaurantes que trazem uma sensação nostálgica à velha e conhecida boemia da cidade, que conta com os Arcos como uma moldura das noites na região.

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