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5 programas para fazer em São Paulo em janeiro de 2020

Exposição no Museu da Casa Brasileira © Leo Eloy/ Estúdio Garagem

1 Prêmio Design do Museu da Casa Brasileira

O Museu da Casa Brasileira promove o prêmio de design mais consagrado do país. Em 2019, ocorreu a 33ª edição, que elegeu os melhores trabalhos escritos, utensílios, iluminação, têxteis, transporte, mobiliário, eletroeletrônicos e construção do ano. Todos são assinados por designers brasileiros.

Agora os vencedores, ao lado de outros trabalhos selecionados, são exibidos no museu. São 64 peças, das quais 29 premiadas e outras 35 escolhidas pelo júri para integrarem a exibição. Em destaque, Tinbot, o primeiro robô brasileiro interativo, que reúne inteligência artificial, cognição e internet das coisas. Há também móveis assinados por grandes nomes do design contemporâneo, como FGMF Arquitetos, Jader Almeida, estudiobola e Fernando Prado.

O Museu da Casa Brasileira ocupa um lindo solar neoclássico, construído entre 1942 e 1945, como residência do ex-prefeito de São Paulo, Fábio da Silva Prado (1887-1963). O projeto remete ao Palácio Imperial de Petrópolis e integrou a expansão urbana da primeira metade do século 20 em São Paulo. O solar foi palco de grandes recepções oficiais e conta com um amplo jardim. Um lindo museu, de grande interesse arquitetônico, que realiza um trabalho sério na preservação da história da casa brasileira.

33º Prêmio MCB (Foto: Leo Eloy_Estúdio Garagem)
33º Prêmio MCB (Foto: Leo Eloy_Estúdio Garagem)

SERVIÇO
Período: 23 de novembro a 8 de março
Horários: terça a domingo, das 10h às 18h
Localização: Av. Brig. Faria Lima, 2.705, Jardim Paulistano
Entrada: R$ 15 em dias úteis, gratuito aos finais de semana e feriados
Dica: Além da exposição principal, o Museu da Casa Brasileiro sempre recebe outros eventos em seu jardim, como feiras e apresentações culturais. Uma ótima opção para curtir São Paulo ao ar livre.

2 Anna Bella Geiger no Masp e Sesc São Paulo

Artista pioneira no Brasil, com obra verdadeiramente inovadora e experimental, Anna Bella Geiger ganha sua maior exposição retrospectiva. O Masp se uniu ao Sesc São Paulo para criar uma mostra ampla, dividida entre as duas instituições da Avenida Paulista.

Geiger trabalhou com arte abstrata, vídeo arte e arte conceitual, em seus 70 anos de carreira. A mostra toma emprestado o título de um de seus trabalhos mais emblemáticos, Brasil nativo/Brasil alienígena (1976/1977), que se apropria de cartões postais que representam de forma idealizada os Bororo, povo indígena do Mato Grosso. No contexto do Brasil nos anos 1970, os povos indígenas estavam sofrendo com a violência das políticas de Estado do governo militar. Para cada postal, a artista elaborou releituras com retratos de si mesma e de sua família. Neste trabalho, como em vários outros, Geiger questiona as narrativas hegemônicas, o passado colonial brasileiro e a realidade social do país, com ironia.

A mostra reúne 190 obras, em diferentes suportes. O Masp apresenta a maior parte dos trabalhos, enquanto no Sesc são expostas três instalações históricas remontadas e três vídeos. É raro uma artista ganhar, ainda em vida, homenagem tão ampla, simultaneamente em duas das mais consagradas instituições de arte do Brasil.

Anna Bella Geiger, Brasil nativo_Brasil alienígena, 1977 (Foto: cortesia da artista)
Anna Bella Geiger, Brasil nativo_Brasil alienígena, 1977 (Foto: cortesia da artista)

SERVIÇO
Período: 30 de novembro a 8 de março

Masp
Horários: terça a domingo, das 10h às 18h
Localização: Av. Paulista, 1.578, Bela Vista
Entrada: R$ 40, terças gratuitas

Sesc
Horários: terça a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 10h às 19h
Localização: Av. Paulista, 119. Bela Vista
Entrada: gratuita
Dica: A localização próxima das duas instituições é um convite para visitar ambas as partes da exposição no mesmo dia, em sequência. É possível percorrer o caminho a pé, de bicicleta ou patinete pela ciclovia ou de metrô das estações Trianon-Masp a Brigadeiro (linha verde). Os domingos são mais lotados, porém também mais divertidos, pois a Avenida Paulista fica aberta apenas a pedestres e ciclistas.

3 Theatro Municipal 

O Theatro Municipal de São Paulo tem sua arquitetura inspirada na Ópera de Paris. É uma luxuosa construção, símbolo das aspirações cosmopolitas da cidade no início do século 20. Atualmente, o Municipal recebe principalmente apresentações musicais. O que pouca gente sabe é que é possível fazer também visitas guiadas para conhecer o local, durante o dia.

A visita apresenta detalhadamente os traços renascentistas e barrocos na fachada e os bustos, bronzes, medalhões, afrescos, cristais, colunas neoclássicas, vitrais, mosaicos e mármores no interior. Também conta a história do Municipal, financiado pelo ciclo do café. Em sua abertura, em 1911, 20 mil pessoas acompanharam a chegada dos ilustres convidados, a alta sociedade paulistana que desejava uma casa de espetáculos de nível europeu. O Municipal recebeu em seu palco nomes como Duke Ellington, Ella Fitzgerald e Baryshnikov. Ainda, foi cenário de eventos da Semana Moderna de 22.

Esse legado pode ser conferido com profundidade durante a visita. Também é uma oportunidade para conhecer o Municipal sem desembolsar o valor do ingresso, especialmente para os que se interessam por arquitetura, mas não tanto por música erudita.

Hall do Theatro Municipal (Foto: Ricardo Kleine)
Hall do Theatro Municipal (Foto: Ricardo Kleine)

SERVIÇO
Horários: terça, às 11h, 15h e 17h; quarta a sexta, às 11h, 13h, 15h, 16h e 17h. Em inglês: terça, às 16h; quarta e sexta, às 13h; sábado, às 11h.  Em libras: sábado, às 11h.
Localização: Praça Ramos de Azevedo, República
Entrada: gratuita. Inscrições no guichê ao lado da bilheteria com uma hora de antecedência.
Dica: O acesso ao centro é difícil de carro. Melhor ir de metrô, descendo nas estações República (linhas vermelha e amarela) ou Anhangabaú (linha vermelha). Há vários pontos turísticos próximos, como o Edifício Martinelli, o Centro Cultural Branco do Brasil, o Edifício Altino Arantes, o Edifício Itália, a Biblioteca Mário de Andrade, o Pateo do Collegio e o Solar da Marquesa de Santos. É interessante incluir a visita ao Theatro Municipal a um tour pelo centro de São Paulo, que está mais tranquilo em janeiro.

4 Piscinas

São Paulo é conhecida pelo clima ameno e pela garoa, porém janeiro pode ser bem quente, especialmente no início do mês. Se o calor apertar, é possível se refrescar na piscina de algum hotel, em sistema de day use. É a chance de aproveitar dos luxos hoteleiros por um valor mais acessível que a diária.

O Grand Hyatt, no Brooklin, é uma ótima opção de piscina grande, cercada por espreguiçadeiras. O day use dá direito às piscinas interna e externa, além da sauna seca. Roupão e chinelos são mimos inclusos. O spa tem 20% de desconto para quem está no day use. Custa R$ 200 durante a semana e R$ 250 aos finais de semana. Para complementar a experiência, há boas opções de gastronomia no hotel: C-Cultura Caseira, de comida brasileira, e Kinu, japonês.

Também no Brooklin, na mesma Avenida das Nações Unidas, fica o Hilton. Sua piscina é climatizada, coberta e fica no 28º andar, com linda vista para a cidade. Ela é revestida de pedras vulcânicas da Indonésia. O day use custa R$ 105 durante a semana e R$ 135 aos finais de semana e inclui acesso à piscina, sauna, jacuzzi, academia e spa.

Já o day use do Palácio Tangará, no Panamby, é um pouco diferente: inclui acesso a um apartamento, das 11h às 17h.  Porém, em vez da diária completa, o cliente tem 20% de desconto. Além do quarto, é possível acessar as piscinas, academia e spa. Esse é um hotel com conceito de resort, portanto com área de lazer mais completa do que os outros dois, mais urbanos.

Piscina do Palácio Tangará, em meio aos jardins do Parque Burle Marx (Foto: divulgação Oetker Collection)
Piscina do Palácio Tangará, em meio aos jardins do Parque Burle Marx (Foto: divulgação Oetker Collection)

5 Drinks refrescantes

Além das piscinas, é possível se refrescar em bares tomando um drink bem gelado, de preferência ao ar livre. O caipicolé é moda no verão. Nada mais é do que um picolé mergulhado no copo de caipirinha. O Azzurro, na Mooca, serve essa delícia refrescante. 

Em vez de sorvete, é possível optar por um grande cubo de gelo, como no Riviera Delivery, do Riviera, na Bela Vista. O drink leva vodca, extrato de jambu, capim-santo, limão-siciliano e energético. Outra alternativa refrescante do mesmo bar é o Bramble, com gim, creme de amora e limao-siciliano.

No entanto, nenhum bar representa tanto o verão paulistano como o High Line, na Vila Madalena. O deque de madeira é repleto de mesinhas com guarda-sóis, numa paródia tupiniquim do parque de Nova York. Um dos drinks é servido em uma mini boia em formato de unicórnio. Trata-se do Sou Eu na Vida, de vodca e limão.

Drink Sou Eu na Vida, do High Line (Foto: divulgação)
Drink Sou Eu na Vida, do High Line (Foto: divulgação)

Imagem de destaque: 0 33º Prêmio MCB (Foto: Leo Eloy_Estúdio Garagem)

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